segunda-feira, 1 de maio de 2017

Em documento unificado contra reformas, centrais prometem "ocupar Brasília"

Nota é assinada pela CUT, CTB, CSB, UGT, Força Sindical e Nova Central

As centrais sindicais do País divulgam neste 1º de Maio um documento unificado em que criticam as reformas defendidas pelo governo Michel Temer e prometem "ocupar Brasília" para pressionar o Congresso. Elas voltam a se alinhar após a organização da greve geral de sexta-feira, dia 28 de abril.

Assinado pela CUT, CTB, CSB, UGT, Força Sindical e Nova Central, o documento intitulado "A greve do 28 de abril continua" será lido em todos os eventos do Dia do Trabalhador. “O dia 28 de abril de 2017 entrará para a história do povo brasileiro como o dia em que a maioria esmagadora dos trabalhadores disse NÃO à PEC 287, que destrói o direito à aposentadoria, NÃO ao PL 6787, que rasga a CLT e NÃO à lei 4302, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa”, diz o documento.

As centrais sindicais voltarão a se reunir nesta semana para discutir as próximas ações, que podem ser desde dois dias seguidos de greve geral ou ainda uma "invasão de trabalhadores" em Brasília. O documento unificado destaca ainda o apoio recebido de diversas entidades como Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Adgovados do Brasil (OAB) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) e diz exigir "que as propostas nefastas que tramitam em Brasília sejam retiradas”.

Leia íntegra da nota:

"1º DE MAIO DE 2017

A GREVE DE 28 DE ABRIL CONTINUA

O dia 28 de abril de 2017 entrará para a história do povo brasileiro como o dia em que a maioria esmagadora dos trabalhadores disse NÃO à PEC 287, que destrói o direito à aposentadoria, NÃO ao PL 6787, que rasga a CLT e NÃO à lei 4302, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa! Sob a palavra de ordem 'Em 28 de abril vamos parar o Brasil' todas as centrais sindicais e suas bases se mobilizaram, de norte a sul do país, impulsionando uma imensa paralisação das atividades e grandes manifestações de protesto.

Trabalhadores dos transportes urbanos, das fábricas, comércio, da construção civil, prestadores de serviços, escolas, órgãos públicos, bancos, portos e outros setores da economia cruzaram os braços. E este ato contou com o apoio dos movimentos sociais, como a UNE, de entidades da sociedade civil como a CNBB, a OAB, o Ministério Público do Trabalho, associações de magistrados e advogados trabalhistas, com o apoio dos nossos companheiros do movimento sindical internacional, e contou também com uma enorme simpatia popular.

Com nossa capacidade de organização, demos um recado contundente ao governo Temer e ao Congresso Nacional: Exigimos que as propostas nefastas que tramitam em Brasília sejam retiradas. Não aceitamos perder nossos direitos previdenciários e trabalhistas.

Nos atos de todas as centrais sindicais pelo país neste 1º de Maio de 2017, dia do trabalhador, reafirmamos nosso compromisso de unidade para derrotar as propostas de reforma da previdência, da reforma trabalhista e da lei que permite a terceirização ilimitada.

O próximo passo é Ocupar Brasília para pressionar o governo e o Congresso a reverem seus planos de ataques aos sagrados direitos da classe trabalhadora. Sobre essa base, as centrais sindicais estão abertas, como sempre estiveram, ao diálogo. Se isso não for suficiente assumimos, neste 1º de Maio, o compromisso de organizar uma reação ainda mais forte."


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Correio do Povo

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