Créditos: Divulgação
A
operação Colheita Maldita, desencadeada pela Polícia Civil Gaúcha, revelou na
manhã de ontem (19) uma fraude que lesou produtores gaúchos, inclusive da
região. Segundo as investigações, o esquema envolveu a Cooperativa dos
Agricultores de Plantio Direto (Cooplantio), que teve atuação em Passo Fundo.
Conforme a polícia, são apurados crimes de apropriação indébita,
associação criminosa e lavagem de dinheiro. As suspeitas surgiram a partir da
queixa de agricultores que teriam sido lesados pela cooperativa. O prejuízo de
apenas uma vítima, com correções, é calculado em torno de R$ 17 milhões.
São investigados dirigentes e conselheiros da cooperativa pelos
desvio de soja de associados e criação de empresas fantasmas. A operação ficou
a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e
Ordem Tributária (Deat), sob coordenação dos delegados Max Otto Ritter e André
Lobo Anicet.
Em entrevista exclusiva na Uirapuru, o delegado Max Otto Ritter,
explicou que as investigações iniciaram a partir da denúncia de um produtor de
Tupanciretã, que se disse lesado. Ele afirmou ter depositado junto à
cooperativa 170 mil sacas de soja, das safras 2010-2014, e ter descoberto que
sua mercadoria estava sendo vendida sem seu conhecimento e sem que recebesse os
valores decorrentes do negócio. O produtor passou a cobrar a cooperativa, mas
não recebeu o dinheiro e nem conseguiu reaver o seu produto, perdendo tudo.
O delegado explicou ainda que a soja saiu da cooperativa e foi
até o Porto de Rio Grande, onde foi comercializada. Diante disso a polícia
acredita estar diante de uma associação criminosa. O delegado revelou que a
cooperativa possuía bases em diversas cidades, dentre elas Passo Fundo, onde o
mesmo esquema pode ter sido aplicado.
O grupo possuía atravessadores que, fazendo-se valer da
confiança de amigos, acabavam indicando a cooperativa para receber o cereal.
Quem tiver sido lesado pela Cooplantio deve procurar a Polícia Civil e
registrar o caso.
Fonte:
Rádio Uirapuru | Passo Fundo
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