Vandalismo e depredação atingiram Ministérios
após confronto em meio a protesto contra Temer e as reformas trabalhista e da
Previdência
Alegando
ter recebido um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), o governo determinou que as Forças Armadas protejam os prédios do
Planalto, do Congresso e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na tarde
desta quarta-feira. No decreto, publicado em edição extra do Diário
Oficial da União, o presidente Michel Temer permite o emprego do Exército “para
a Garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal”. O decreto define que a área
de atuação para o emprego das Forças Armadas vai ser definida pelo Ministério
da Defesa. A medida vale de hoje a 31 de maio.
Perto
das 17h, Maia desmentiu ter solicitado o emprego do Exército e alegou ter
pedido reforço da Força Nacional de Segurança, ligada ao Ministério da Justiça.
De acordo com a imprensa de Brasília, essa é a primeira vez que o governo
federal utiliza um decreto do tipo, chamando as forças militares, desde o
início da redemocratização.
O
ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou, em um pronunciamento, mais cedo,
que tropas das Forças Armadas já se posicionaram no Palácio do Planalto e no
Itamaraty. Segundo o ministro, mais homens foram deslocados para demais prédios
da Esplanada, os ministérios e o Congresso Nacional.
De
acordo com Jungmann, a medida foi necessária porque a marcha Ocupa Brasília,
“prevista como pacífica, degringolou para a violência, desrespeito e ameaça às
pessoas”. ”O senhor Presidente da República ressalta que não é aceitável a
baderna, o descontrole e que ele não permitirá que atos como este voltem a
perturbar o processo que se desenrola de forma democrática e respeito as
instituições”, concluiu.
O
protesto, que segundo a PM do Distrito Federal, reuniu 35 mil pessoas, exigia a
saída do presidente Michel Temer e a suspensão dos debates sobre as reformas
trabalhista e da Previdência. Pelo menos quatro pessoas foram presas e uma
ficou ferida com um disparo de arma de fogo, conforme as informações
preliminares.
Vandalismo
e depredação atingiram Ministérios após confronto
A
situação no Distrito Federal ainda era tensa perto das 17h, embora parte dos
manifestantes já tenha se dispersado em função do tumulto. Todos os ministérios
foram evacuados depois que manifestantes e policiais entraram em confronto, no
início da tarde.
Imagens
mostraram manifestantes jogando explosivos contra os tapumes que protegiam o
Ministério da Agricultura, também usados como barricada. Um incêndio atingiu
uma área interna da Pasta e foram quebrados quadros com fotos de ex-ministros.
Um
grupo mascarado também destruiu persianas, vidraças, documentos e computadores
nas pastas da Fazenda, Turismo, Minas e Energia, Cultura e Planejamento. Essa
última teve queimada a ala privativa da Secretaria de Patrimônio da União.
Também foram depredados paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões,
holofotes e até banheiros químicos que haviam sido instalados para a
manifestação. Também sofreram vandalismo a Catedral Metropolitana e o Museu da
República.
Na
Câmara, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou o comando da sessão, que
acabou suspensa duas vezes após um protesto dos partidos de oposição contra a
ação policial que ocorria na Esplanada. Alguns líderes partidários ocuparam a
mesa do plenário da Câmara gritando “Diretas Já, o povo quer votar”.
Ao
ocupar a mesa do plenário, os oposicionistas estenderam uma faixa com a frase
“Fora Temer”. O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) arrancou a faixa das mãos dos
deputados, o que provocou tumulto. Retomada, a sessão prosseguiu, ainda com
oposicionistas cercando Maia.
No Senado,
a sessão se manteve, assim como no Supremo Tribunal Federal.
Fonte: Rádio Guaíba, com agências
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