Presidente afirmou, em entrevista ao SBT, que
pretende ser "irmão" do premier de Israel
Foto: Marcos Corrêa / PR
/ Divulgação CP
O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta
quinta-feira estar aberto a discutir sobre a possibilidade de instalação de uma
base militar norte-americana no Brasil. "A questão física pode ser até
simbólica", disse. "E o poderio das Forças Armadas americanas,
chinesas e soviéticas alcança o mundo todo independente de base, agora, de
acordo com o que puder vir a acontecer no mundo, quem sabe você tenha que
discutir essa questão no futuro", afirmou em entrevista para o SBT.
Bolsonaro também afirmou que deve visitar o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em março. "A princípio
isso aí está pré-acertado", disse o presidente brasileiro, ao citar
encontro que teve com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo,
na véspera. "Eu reconheço a minha posição, nós sabemos que o presidente
Donald Trump é o homem mais poderoso do mundo, eu gostaria muito que nos
visitasse", definiu.
Embaixada
Na entrevista, Bolsonaro voltou a falar sobre a
polêmica proposta de transferir a embaixada brasileira em Israel, de Tel-Aviv
para Jerusalém, decisão que causou reação de países árabes. O presidente
reconheceu que alguns países "mais radicais podem tomar alguma sanção
econômica", mas disse que a situação é um reconhecimento da autonomia
israelense em determinar onde deve ser sua capital.
"Não vou deixar de reconhecer a autoridade
de Israel. Quem vai decidir onde vai ser a capital de Israel é seu governo e seu
povo, e ponto final. Imagine se não tivéssemos ligações comerciais e
diplomáticas com Israel, onde eu botaria a embaixada de Israel? Em Tel-Aviv ou
Jerusalém? Botaria em Jerusalém. E qual diferença se por ventura nós resolvemos
transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém? No meu entender problema
nenhum", apontou.
Bolsonaro reafirmou que a decisão em relação a
este assunto já está tomada. "Como disse o primeiro ministro de Israel: a
decisão está tomada. Está faltando apenas definir quando ela será
implementada." Segundo o presidente, a decisão da transferência não saiu
de sua cabeça. "Grande parte dos evangélicos são favoráveis à mudança da
capital. Então, nós estamos atendendo aos anseios de grande parte da
população", ponderou.
Bolsonaro reafirmou ainda que pretende estreitar
os laços comerciais com Israel. "Quero aprofundar as relações sim com
Israel, do capitão Binyamin Netanyahu. Pretendo ser mais que amigo, pretendo
ser irmão dele", afirmou. "Bem como outros países também",
ressalvou, citando Hungria e Estado Unidos.
Agência Brasil
Correio do Povo
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