PRF possui cinco drones para atuação no RS |
Foto: Guilherme Almeida
A cada hora de operação com drone, nos dias de
movimento nas rodovias federais, é possível flagrar mais de 150 ocorrências de
imprudência ou infração de trânsito no RS. Esse é o dado da Polícia Rodoviária
Federal (PRF) que começou no fim do ano passado a utilização dos equipamentos.
De acordo com o chefe de Comunicação Social da
instituição, Cássio Garcez, o drone pode chegar a 120 metros de altura, atinge
sete quilômetros de autonomia de voo e consegue fazer um monitoramento de 14
quilômetros de rodovia. “Só no período de teste, entre Natal e Ano-Novo, pelo
menos 150 multas foram feitas. Entre as mais comuns, estão transitar pelo
acostamento, má condução, veículos disputando corrida na rodovia, ultrapassando
pela direita e até no acostamento”, detalha.
O drone possibilita uma visão geral da estrada, o
que facilita a ação, caso seja necessária a abordagem. “Temos profissionais
treinados para pilotar a ferramenta. É possível operar com a tela do computador
ou por meio dos óculos, quando o operador consegue ver a imagem do trânsito e
nos repassar”, expressa.
Segundo Garcez, o policial rodoviário federal
pode estar em um ponto fixo – na BR ou em algum viaduto – ou no interior da
viatura durante uma ronda. “É importante para nossas ações, porque é uma
ferramenta que permite monitorar um trecho maior de rodovia tanto para
infrações de trânsito quanto para situações de crime. A gente pode acompanhar
veículos que estejam traficando armas ou drogas”, explica.
Atualmente, a PRF possui cinco drones. Na Região
Metropolitana, são quatro em ação. Em Caxias do Sul, na Serra, é utilizado para
monitorar as estradas de competência federal.
“É uma novidade, a instituição está investindo em
equipamentos e em novas tecnologias. A partir de agora usaremos com mais
frequência. A ideia é aproveitar o momento de verão já que as estradas têm
maior fluxo. Durante o ano, o foco será no combate à criminalidade”, explica.
Drone pode salvar vidas
O drone também permite monitorar acidentes que
ocorrem nas rodovias federais. “Isso permite que as viaturas cheguem antes e os
policiais rodoviários federais consigam saber o tipo de solução que vão ter que
empregar, se é preciso acionar a ambulância para prestar socorro às vítimas. É
uma ferramenta que propicia a chegada antecipada do socorro médico, em
situações mais graves”, destaca Garcez.
De acordo com ele, esse acionamento ágil é fator
chave na sobrevivência da vítima. Na Região Metropolitana, por exemplo, vários
acidentes foram atendidos e a situação solucionada com mais agilidade. Garcez
diz que alguns deles fecharam completamente a BR 116 e, através do equipamento,
foi possível verificar o melhor caminho para chegar até o local da ocorrência.
“Nosso helicóptero também está com um equipamento de geração de imagens novo,
que possui uma lente mais poderosa que consegue identificar placas e suspeitos.”
O novo aparelho possibilita identificar os alvos
em uma distância maior. “Ele foi utilizado para testes na freeway e flagrou
vários automóveis trafegando pelo local de forma irregular. Esse mesmo tipo de
operação pode ser feita com custo praticamente zero, com o drone.”
Na freeway, o trânsito pelo acostamento tem sido
o alvo das ações neste início de ano, principalmente nos dias de retorno do
Litoral, quando há movimento intenso ou quando ocorre um acidente, momento em
que a estrada para e é quase automático o aumento do número de condutores que
partem para manobras proibidas.
“Existe um risco grande, porque estão no acostamento
veículos em pane, bicicletas, então é extremamente arriscado. Ele não pode ser
usado de forma alguma. Não existe trânsito pelo acostamento em lugar nenhum. É
uma infração de trânsito”, frisa.
No RS, excepcionalmente havia a permissão de
tráfego, por uma questão da antiga administradora. “Ainda assim era em um
trecho bem curto. Isso não existe mais. Transitar pelo acostamento gera multa
de R$ 880,00 e ultrapassar outros veículos pelo acostamento é R$ 1.400,00. É
uma multa bem cara, mais sete pontos na carteira, em qualquer uma delas”,
alerta.
Franceli Stefani
Correio do Povo
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