Mandados foram cumpridos nesta sexta-feira
A Procuradoria de Prefeitos e o Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumprem, nesta
sexta-feira, 25, mandado judicial de prorrogação da suspensão do exercício do
cargo do prefeito de Braga por mais 180 dias. A renovação do afastamento
temporário do político se deve à continuidade das investigações do Ministério
Público que já propôs ação penal pela prática de atos de corrupção e crime
licitatório contra o prefeito e empreiteiros de São Leopoldo. Desta vez, o que
ensejou o pedido do MP são indícios teria acertado o pagamento de combustível
para veículos particulares de apadrinhados políticos.
Também são cumpridos dois mandados de busca em
repartições públicas de Braga, mais dois em residências dos envolvidos e outro
em um posto de combustíveis da cidade. Ainda, a pedido do MP, foram deferidos
mandados de prisão contra os dois empresários investigados de participação em
fraudes cometidas em licitações da prefeitura de Braga e do Semae, de São
Leopoldo. Os empresários, que são irmãos, haviam sido presos preventivamente já
em fevereiro do ano passado pela Operação Água, realizada pelo Núcleo Região
Metropolitana e Taquari do Gaeco. Depois da prisão preventiva de fevereiro de
2018, a Justiça havia decretado medidas alternativas diversas da prisão, como a
proibição de contratar com o poder público. Como houve o descumprimento da
decisão, com a formatação de novas empresas em nome de laranjas (que inclusive
foram contratadas pelo prefeito de Braga), foi decretada novamente a prisão
preventiva de ambos, que seguiram foragidos até este mês. Um deles foi preso
nesta terça-feira, 23. O outro segue sendo procurado.
Conforme denúncia da Procuradoria de Prefeitos,
o prefeito fez solicitações de dinheiro aos empresários de São Leopoldo,
havendo investigação em andamento sobre possíveis desvios de combustíveis para
apadrinhados do prefeito em prejuízo do Município. Além disso, houve
direcionamento de edital de licitação para a contratação de empresa para a
construção da rede coletora de esgoto na cidade de Braga.
Operação é realizada pela Procuradoria de
Prefeitos e Gaeco
Fonte/Fotos:
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
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