Protestos na Venezuela terminam com 13 mortos |
Foto: Yuri Cortez / AFP / CP
Treze pessoas morreram na Venezuela nas últimas
24 horas em protestos contra o presidente Nicolás Maduro, informou a ONG
Observatório Venezuelano da Conflitividade Social (OVCS). As mortes, a maioria
por armas de fogo, ocorreram em Caracas e nos estados de Táchira, Barinas,
Portuguesa, Amazonas e Bolívar, na fronteira com o Brasil, onde ocorreram
saques.
Os distúrbios mais violentos ocorreram na noite
de terça-feira em Caracas e Bolívar, e prosseguiram nesta quarta em outras
regiões do país em um dia de manifestações de opositores e chavistas. A polícia
de choque enfrentou um grupo de manifestantes nesta quarta-feira em um bairro
do Leste de Caracas, após uma passeata na qual o líder do Parlamento, Juan
Guaidó, se proclamou presidente interino da Venezuela.
Os choques começaram quando dezenas de jovens,
alguns encapuzados, bloquearam uma importante avenida no bairro de Altamira, e
a polícia de choque utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha
contra os manifestantes. Em Bolívar, uma estátua do finado presidente Hugo
Chávez foi queimada por dezenas de manifestantes na cidade de San Félix, por
volta da meia-noite de terça.
Os protestos desta quarta-feira, que deixaram
cerca de 20 detidos, foram a primeira grande queda de braço entre Maduro e a
oposição nas ruas, após as manifestações que deixaram 125 mortos entre abril e
julho de 2017. Convocados por Guaidó, os opositores exigiram a saída de Maduro
e a convocação de eleições livres por um governo de transição, enquanto os
chavistas rejeitaram o golpe de Estado em curso orquestrado por Washington.
AFP
Correio do Povo
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