sábado, 26 de janeiro de 2019

Defesa Civil de MG suspende buscas diante de risco de rompimento de uma 2ª barragem

Estimativa é que mais de 1,5 mil pessoas tenham sido retiradas da área de risco

Risco de rompimento de segunda barragem leva a Defesa Civil a suspender buscas | Foto: Douglas Magno / AFP / CP
   Risco de rompimento de segunda barragem leva a Defesa Civil a suspender buscas | Foto: Douglas Magno / AFP / CP

O risco de rompimento de uma segunda barragem de água levou a Defesa Civil de Minas Gerais a suspender as buscas e evacuar as áreas atingidas pela lama e duas comunidades ribeirinhas. A decisão foi tomada de madrugada. Agora, novas equipes são esperadas, de acordo com equipes de resgate que trabalharam no local. Elas vão trabalhar na contenção. Um grupamento do exército de Juiz de Fora também é aguardado e deve assumir a tarefa de retirada dos corpos por decisão do governo. Na região, fala-se em até 500 mortos.


A estimativa é que mais de 1,5 mil pessoas tenham sido retiradas da área de risco. Na faculdade ASA de Brumadinho, definida como posto de comando, parentes de funcionários da Vale aguardam a divulgação das primeiras listas de mortos, prometida para às 8h.

Os corpos estão sendo levados para um edifício próximo à UPA DE Brumadinho. Na UPA, estão também alguns dos feridos O vendedor Gledson Alves aguarda notícias do primo Ramon Jr. Pinto, desaparecido. Ele próprio também teve que sair de casa porque há risco de que mais rejeitos desçam pelo Rio Paraopeba, que passa atrás de sua residência. Segundo ele, os rejeitos formaram uma barragem que impede a descida de água e mais lama, mas há risco de rompimento.


"A polícia passou de madrugada com ônibus e alto falantes pedindo para as pessoas saírem de casa, mas muita gente não quis sair", conta. O desempregado Fernando NInes Araujo, irmão de Peterson Ribeiro também aguarda informações. O irmão, contratado de uma terceirizada da Vale, estava trabalhando justamente na área da represa. "Para piorar, a prefeitura criou uma barreira que não deixa ninguém chegar perto", reclama. "Até para chegar no posto de atendimento está difícil", diz.


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Correio do Povo

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