Diretores são suspeitos de aceitar suborno desde os anos 90
Marín e mais seis cartolas da Fifa são detidos
pela polícia suíça | Foto: Rafael Ribeiro / CBF / CP
Um terremoto sacudiu a Fifa nesta quarta-feira
com a detenção em Zurique, a pedido das autoridades dos Estados Unidos, de seis
dirigentes suspeitos de corrupção, a dois dias da eleição para a presidência,
na qual Joseph Blatter buscará o quinto mandato à frente da entidade. Segundo
as autoridades suíças, os seis dirigentes são suspeitos de aceitar suborno de
milhões de dólares desde os anos 90. O jornal New York Times, que revelou o
caso, afirmou que policiais suíços compareceram a um hotel de luxo de Zurique
durante a madrugada. Entre os acusados e possíveis detidos, o jornal e a rede
britânica BBC mencionam a prisão do ex-presidente da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) José Maria Marin.
Ao mesmo tempo, a Promotoria da Suíça apreendeu documentos eletrônicos na sede da Fifa, em uma investigação penal por suspeitas de "lavagem de dinheiro e gestão desleal" relacionadas à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. "Os enriquecimentos ilegítimos teriam acontecido ao menos em parte na Suíça", afirma o ministério da Justiça. A investigação teria começado em 10 de março.
Segundo o jornal New York Times, as acusações se referem a casos de corrupção dos últimos 20 anos, em particular as escolhas das sedes dos Mundiais, direitos de marketing e televisão, assim como fraude e lavagem de dinheiro. As acusações envolvem uma dezena de pessoas, segundo o jornal, mas algumas delas não estão no momento em Zurique.
Entre os dirigentes atuais ou passados da Fifa acusados estão Jeffrey Webb (Ilhas Cayman), membro do comitê executivo, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jack Warner (Trinidad e Tobago), ex-membro do comitê executivo, já envolvido em outros casos de corrupção.
O jornal americano também cita o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Julio Rocha, Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol, e o paraguaio Nicolás Leoz.
Pedido de extradição
"A polícia cantonal deteve seis funcionários do mundo do futebol a pedido das autoridades americanas", afirma o ministério suíço da Justiça em um comunicado.
"Representantes de meios esportivos e de empresas de marketing esportivo estariam envolvidos em pagamentos a altos funcionários de organizações do futebol (delegados da Fifa e outras pessoas de entidades afiliadas à Fifa), em troca de direitos de transmissão e direitos de marketing de competições organizadas nos Estados Unidos e na América do Sul", completa a nota do ministério, que informou atuar a pedido da promotoria do distrito leste de Nova York.
Os detidos são suspeitos de terem recebido subornos de milhões de dólares a partir dos anos 90, segundo as autoridades judiciais suíças. "Segundo o pedido de detenção americano, o acordo a respeito dos atos teria sido concluído nos Estados Unidos, onde também aconteceram os preparativos. Os pagamentos teriam transitado por bancos americanos", afirma o comunicado.
Os suspeitos detidos são alvos de uma demanda de extradição americana e serão interrogados pela polícia de Zurique. A Fifa afirmou que tenta "esclarecer" a situação, afirmou um porta-voz da entidade. "Vimos o que foi publicado pela imprensa. Estamos tentando esclarecer a situação. No momento não faremos comentários", disse o porta-voz.
A Fifa deve conceder uma entrevista coletiva, na qual o diretor de comunicação, Walter di Gregorio, falará pela entidade. O caso explodiu a dois dias da eleição para a presidência da Fifa, na qual o suíço Joseph Blatter, que comanda a entidade desde 1998, buscará o quinto mandato.
Blatter, de 79 anos, é objeto de críticas pela fortuna acumulada pela Fifa, que registrou um volume de negócios de quase dois bilhões de euros em 2014, ano da Copa do Mundo do Brasil. Várias acusações de corrupção, investigadas pela imprensa, foram relacionadas com a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para Rússia e Catar, respectivamente.
O príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, rival de Blatter na eleição de sexta-feira, afirmou que as detenções representam "um dia triste" para o futebol. "Emergem detalhes, não seria apropriado fazer comentários no momento", afirma em um breve comunicado o jordaniano, que baseou sua campanha na tentativa de restaurar a integridade da Fifa, da qual é um dos vice-presidentes.
Ao mesmo tempo, a Promotoria da Suíça apreendeu documentos eletrônicos na sede da Fifa, em uma investigação penal por suspeitas de "lavagem de dinheiro e gestão desleal" relacionadas à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. "Os enriquecimentos ilegítimos teriam acontecido ao menos em parte na Suíça", afirma o ministério da Justiça. A investigação teria começado em 10 de março.
Segundo o jornal New York Times, as acusações se referem a casos de corrupção dos últimos 20 anos, em particular as escolhas das sedes dos Mundiais, direitos de marketing e televisão, assim como fraude e lavagem de dinheiro. As acusações envolvem uma dezena de pessoas, segundo o jornal, mas algumas delas não estão no momento em Zurique.
Entre os dirigentes atuais ou passados da Fifa acusados estão Jeffrey Webb (Ilhas Cayman), membro do comitê executivo, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jack Warner (Trinidad e Tobago), ex-membro do comitê executivo, já envolvido em outros casos de corrupção.
O jornal americano também cita o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Julio Rocha, Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol, e o paraguaio Nicolás Leoz.
Pedido de extradição
"A polícia cantonal deteve seis funcionários do mundo do futebol a pedido das autoridades americanas", afirma o ministério suíço da Justiça em um comunicado.
"Representantes de meios esportivos e de empresas de marketing esportivo estariam envolvidos em pagamentos a altos funcionários de organizações do futebol (delegados da Fifa e outras pessoas de entidades afiliadas à Fifa), em troca de direitos de transmissão e direitos de marketing de competições organizadas nos Estados Unidos e na América do Sul", completa a nota do ministério, que informou atuar a pedido da promotoria do distrito leste de Nova York.
Os detidos são suspeitos de terem recebido subornos de milhões de dólares a partir dos anos 90, segundo as autoridades judiciais suíças. "Segundo o pedido de detenção americano, o acordo a respeito dos atos teria sido concluído nos Estados Unidos, onde também aconteceram os preparativos. Os pagamentos teriam transitado por bancos americanos", afirma o comunicado.
Os suspeitos detidos são alvos de uma demanda de extradição americana e serão interrogados pela polícia de Zurique. A Fifa afirmou que tenta "esclarecer" a situação, afirmou um porta-voz da entidade. "Vimos o que foi publicado pela imprensa. Estamos tentando esclarecer a situação. No momento não faremos comentários", disse o porta-voz.
A Fifa deve conceder uma entrevista coletiva, na qual o diretor de comunicação, Walter di Gregorio, falará pela entidade. O caso explodiu a dois dias da eleição para a presidência da Fifa, na qual o suíço Joseph Blatter, que comanda a entidade desde 1998, buscará o quinto mandato.
Blatter, de 79 anos, é objeto de críticas pela fortuna acumulada pela Fifa, que registrou um volume de negócios de quase dois bilhões de euros em 2014, ano da Copa do Mundo do Brasil. Várias acusações de corrupção, investigadas pela imprensa, foram relacionadas com a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para Rússia e Catar, respectivamente.
O príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, rival de Blatter na eleição de sexta-feira, afirmou que as detenções representam "um dia triste" para o futebol. "Emergem detalhes, não seria apropriado fazer comentários no momento", afirma em um breve comunicado o jordaniano, que baseou sua campanha na tentativa de restaurar a integridade da Fifa, da qual é um dos vice-presidentes.
Fonte:
AFP
Correio
do Povo
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