Operação
autorizada pelo presidente americano apesar de alto risco tinha objetivo de
capturar um dos cabeças ligados ao financiamento da organização.
Militantes do Estado
Islâmico podem ter avançado para muito perto de Palmira (Foto: BBC)
Forças
especiais americanas conduziram uma operação no leste da Síria que culminou com
a morte de uma alta autoridade do autodenominado "Estado Islâmico" e
a prisão de sua esposa - também envolvida com o grupo, informou o Pentágono.
A
operação, realizada na madrugada deste sábado (16), foi autorizada pelo
presidente Barack Obama, na capacidade de comandante-em-chefe das Forças
Armadas americanas.
O
plano tinha como objetivo capturar Abu Sayyaf, descrito pelo Departamento de
Defesa dos EUA como uma peça-chave no mecanismo de financiamento do
"Estado Islâmico". Ele tinha um papel militar e ajudava a dirigir os
negócios do EI em transações de petróleo, gás e recursos ilícitos, afirmou o
órgão em nota.
Sayyaf
e cerca de dez outros militantes morreram na troca de tiros. Nenhum soldado
americano morreu no incidente, disse a Casa Branca.
A
mulher dele, Umm Sayyaf, descrita como cúmplice em "atividades
terroristas" e possivelmente na escravização de uma jovem da etnia yazidi
resgatada durante a operação, foi presa.
Ofensiva
contra o EI
Obama
autorizou o plano apesar do fraco apetite da opinião pública americana por
operações de terra envolvendo soldados do país. No entanto, forças especiais
podem ser mais facilmente mobilizadas para ações desse tipo, afirmou a
correspondente da BBC em Washington Rajini Vaidyanathan.
A
porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Bernadette Meehan,
disse que a operação foi conduzida "com total consentimento das
autoridades iraquianas".
Mais
cedo, a imprensa síria informou que forças do governo mataram pelo menos 40
militantes do EI, incluindo o "ministro do Petróleo" do grupo,
durante uma ofensiva no maior campo de petróleo do país, Deir al-Zour.
Petróleo
e gás são fontes importantes de financiamento do "Estado Islâmico",
dizem analistas e fontes de inteligência. A milícia controla grande parte do
território sírio e iraquiano.
A
luta contra a milícia continua em diversas frentes. O Iraque enviou reforços
para a cidade de Ramadi, onde a milícia tomou edifícios importantes na
sexta-feira e hasteou neles sua bandeira. Ramadi fica a 100 quilômetros de
Bagdá.
Na
quinta-feira, militantes do EI ocuparam partes da cidade síria de Tadmur. A
cidade é vizinha de Palmira, fundada há 4 mil anos e considerada uma das joias
arqueológicas do Oriente Médio.
Teme-se
que, se a cidade cair nas mãos do EI, pode ser a próxima "vítima" das
depredações do grupo extremista muçulmano. Mas o avanço do EI em direção a
Palmira está sendo contido pelo exército da Síria.
Da
BBC
G1 MUNDO
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