Juiz Marcos Luis Agostini deferiu pedido do
MP/Foto: Arquivo/TP News
O inquérito policial
sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini, arquivado
em agosto de 2011, terá que ser reaberto pela Polícia Civil. A decisão é do
juiz Marcos Luis Agostini, da 1ª Vara Judicial de Três Passos, que atendeu ao pedido
do Ministério Público.
De acordo com Agostini,
os elementos e fundamentos apresentados são suficientes para a reabertura das
investigações acerca da morte de Odilaine. Sobre a designação de delegado de
polícia e equipe da Região Metropolitana de Porto Alegre para realizar a investigação,
o magistrado concluiu que a definição dessa questão é atribuição da própria
Polícia Civil
Segundo o Ministério
Público, o requerimento de desarquivamento decorreu da necessidade de
confrontação, por diligências oficiais, das perícias particulares juntadas aos
autos, que foram realizadas de forma unilateral, a pedido da mãe da vítima. Na
suposta nova versão do fato, é imputada à Secretária do consultório a confecção
da carta suicida e, inclusive, colocada uma terceira pessoa dentro da sala de
atendimento em que ocorreu o fato, onde, em tese, estariam apenas Leandro
Boldrini e Odilaine Uglione.
Com o pedido de
desarquivamento, o Ministério Público encaminhou requisição de diversas
diligências à autoridade policial, em especial realização de perícia grafodocumentoscópica
na carta suicida, reprodução simulada dos fatos, oitiva de pessoas que estavam
no consultório na data e horário do fato e que compareceram ao local depois
disso e complementação de perícia já realizada, entre outras diligências que se
mostram pertinentes para a elucidação do fato.
Com o deferimento do
Poder Judiciário, os autos do inquérito policial serão baixados à Delegacia de
Polícia Civil de Três Passos para o prosseguimento das investigações e
cumprimento das requisições do Ministério Público.
Entenda o Caso Odilaine
Conforme a polícia,
Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo,
Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito policial, consta
que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clinica. Além disso,
também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa
Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo
conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da
morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga
após o processo de separação do casal.
Já a defesa da família
Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo,
entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no
crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior
da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da
vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta
fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto,
que configuraria um fato novo.
Fonte:
Três Passos News
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