Policial atuará somente neste caso em Três
Passos/Foto: Divulgação/Polícia Civil
Marcelo
Mendes Lech, de 32
anos, da cidade de Santa Rosa, será o responsável pelo inquérito
complementar sobre a morte de
Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini.
A confirmação aconteceu na tarde de quarta-feira, 20, pela chefia da Polícia
Civil do Rio Grande do Sul.
Além de professor universitário, o delegado é o titular da 2ª DP de Santa Rosa. Ele atuará somente neste inquérito em Três
Passos, segundo
o chefe de Polícia Civil, Guilherme Wondracek. A delegada Caroline Bamberg foi promovida e ocupará um cargo regional, informou Wondracek. Ainda
não há definição de quem será o titular da Delegacia de Três Passos.
Wondracek justificou a decisão que, segundo ele, foi tomada para afastar qualquer tipo
de envolvimento emocional com o caso, uma vez que a morte do menino, em abril
de 2014, abalou a cidade: “como todos os profissionais atuaram no caso do
Bernardo, nós queremos preservar a investigação. Todos lá (em Três Passos)
estão muito envolvidos”, disse à Rádio
Guaíba.
Em entrevista ao jornal Zero Hora, Marcelo Mendes Lech disse que quer se fazer presente na investigação e que
fará todas as diligências possíveis para esclarecer definitivamente se a mãe do
menino realmente tirou a própria vida, como consta no inquérito concluído por
Caroline Bamberg, ou se foi assassinada, como sustenta a família materna de
Bernardo.
A decisão
de desarquivar o caso veio após determinação judicial, a pedido do Ministério Público. A decisão da Polícia em
designar a comarca de Santa Rosa para investigar o caso vai ao encontro do que
queria a defesa de Jussara Uglione, mãe de Odilaine e avó de Bernardo. A
investigação tem prazo de 30 dias para ser concluída, mas poderá ser prorrogada,
segundo o novo delegado.
Entenda o Caso Odilaine
Conforme
a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de
Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito
policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à
clinica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do
médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de
Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala
de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da
pensão a ser paga após o processo de separação do casal.
Já a
defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da
mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local
da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e
lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na
mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini,
uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte
do garoto, que configuraria um fato novo.
Fonte: Três Passos News
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