sábado, 3 de agosto de 2019

Idoso aponta local em banheiro onde enterrou corpo de mulher em MT após confessar crime 24 anos depois

Jairo Narciso da Silva, de 64 anos, matou a mulher em outubro de 1994 e a enterrou no banheiro. Depois do crime, ele registrou um boletim de ocorrência alegando que a mulher havia deixado o lar.

Jairo mostrou à polícia local onde enterro a ex-mulher — Foto: Divulgação
Jairo mostrou à polícia local onde enterro a ex-mulher — Foto: Divulgação

Jairo Narciso da Silva, de 64 anos, acompanhou a Polícia Civil durante as escavações dentro do banheiro de uma residência em Sinop, a 503 km de Cuiabá, na busca pelos restos mortais de Luzineide Leal Militão, ex-mulher dele, na sexta-feira (2).

Os trabalhos tiveram início depois que ele procurou a polícia e confessou ter matado a vítima, há 24 anos.

Antes da escavação, Jairo apontou o local dentro do cômodo onde o corpo da ex-mulher foi enterrado junto com outros objetos, entre eles os documentos de Luzineide.

Luzineide Leal Militão de 28 anos, foi morta pelo marido em 1994 em Sinop — Foto: Arquivo pessoal
   Luzineide Leal Militão de 28 anos, foi morta pelo marido em 1994 em Sinop — Foto: Arquivo pessoal

Os ossos, uma bolsa e a identidade estavam em um buraco, a 60 centímetros de profundidade, abaixo do piso do banheiro da casa.

A ossada será encaminhada para perícia e DNA, que confirmará que se trata da vítima em questão. O resultado deve ser divulgado entre 30 e 60 dias.

O crime, segundo Jairo, foi cometido em outubro de 1994 e motivado por ciúmes.

Jairo Narciso da Silva (de branco), de 64 anos, chegou escoltado por policiais para acompanhar a escavação dos restos mortais da mulher dele em Sinop — Foto: Poliana Mazzo/TV Centro América
Jairo Narciso da Silva (de branco), de 64 anos, chegou escoltado por policiais para acompanhar a escavação dos restos mortais da mulher dele em Sinop — Foto: Poliana Mazzo/TV Centro América

Jairo disse ter matado a mulher no quarto do casal, enquanto ela dormia. Ele disse que usou uma barra de ferro para golpeá-la na cabeça. Entretanto, ao perceber que ela não havia morrido, ele a asfixiou.

À época, a casa estava em obras e logo depois foi vendida.

No mesmo período, o idoso registrou um boletim de ocorrência para comunicar o desaparecimento da mulher. No documento ele alegou abandono do lar. No registro feito à mão, ele era identificado como vítima.

Escavação

Os dois filhos da vítima acompanham os policiais. Muito abalados com o caso, eles não quiseram falar com a imprensa. Eles só ficaram sabendo do homicídio essa semana e, até então, acreditavam que a mãe havia abandonado a família, conforme Jairo alegava.

Duas irmãs da vítima entraram na casa e acompanharam de perto o trabalho da polícia. Além da escavação, os policiais devem fazer a reconstituição do crime.

Do lado de fora, a escavação foi observada por moradores, jornalistas e curiosos. A casa fica na Avenida das Itaúbas, no Bairro Jardim das Palmeiras.


Por G1 MT

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