Jairo mostrou à polícia
local onde enterro a ex-mulher — Foto: Divulgação
Jairo Narciso da Silva, de
64 anos, acompanhou a Polícia Civil durante as escavações dentro do banheiro de
uma residência em Sinop, a 503 km de Cuiabá, na busca pelos restos mortais de
Luzineide Leal Militão, ex-mulher dele, na sexta-feira (2).
Os trabalhos tiveram
início depois que ele procurou a polícia e confessou
ter matado a vítima, há 24 anos.
Antes da escavação, Jairo
apontou o local dentro do cômodo onde o corpo da ex-mulher foi enterrado junto
com outros objetos, entre eles os documentos de Luzineide.
Luzineide Leal Militão de 28 anos, foi morta
pelo marido em 1994 em Sinop — Foto: Arquivo pessoal
Os ossos, uma bolsa e a
identidade estavam em um buraco, a 60 centímetros de
profundidade, abaixo do piso do banheiro da casa.
A ossada será encaminhada
para perícia e DNA, que confirmará que
se trata da vítima em questão. O resultado deve ser divulgado entre 30 e 60 dias.
O crime, segundo Jairo,
foi cometido em outubro de 1994 e motivado por ciúmes.
Jairo Narciso da Silva (de branco), de 64 anos,
chegou escoltado por policiais para acompanhar a escavação dos restos mortais
da mulher dele em Sinop — Foto: Poliana Mazzo/TV Centro América
Jairo disse ter matado a
mulher no quarto do casal, enquanto ela dormia. Ele disse que usou uma barra de
ferro para golpeá-la na cabeça. Entretanto, ao perceber que ela não havia
morrido, ele a asfixiou.
À época, a casa estava em
obras e logo depois foi vendida.
No mesmo período, o idoso
registrou um boletim de ocorrência para comunicar o desaparecimento da mulher.
No documento ele alegou abandono do lar. No registro feito à mão, ele era
identificado como vítima.
Escavação
Os dois filhos da vítima
acompanham os policiais. Muito abalados com o caso, eles não quiseram falar com
a imprensa. Eles só ficaram sabendo do homicídio essa semana e, até então,
acreditavam que a mãe havia abandonado a família, conforme Jairo alegava.
Duas irmãs da vítima
entraram na casa e acompanharam de perto o trabalho da polícia. Além da
escavação, os policiais devem fazer a reconstituição do crime.
Do lado de fora, a escavação
foi observada por moradores, jornalistas e curiosos. A casa fica na Avenida das
Itaúbas, no Bairro Jardim das Palmeiras.
Por
G1 MT
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