Rio de Janeiro amanheceu hoje vendo a mobilização
policial por conta de um sequestro de um ônibus
Após quase quatro horas, o
sequestrador de um ônibus na ponte Rio-Niterói se entregou e foi baleado ao descer do veículo na manhã
desta terça-feira. O homem, ainda não identificado, teria sido atingido em uma
das pernas logo depois de jogar objetos em direção aos negociadores. Outros
tiros foram disparados e o criminoso morreu enquanto recebia atendimento
médico.
Ao todo, 37 pessoas estavam no coletivo da empresa
Galo Branco no momento em que iniciou o sequestro, pouco antes das 6h. Seis
pessoas - quatro mulheres e dois homens - foram liberadas pelo sequestrador,
sendo que algumas delas passaram mal. Uma mulher, minutos depois de ser
libertada, desmaiou ao ser auxiliada por policiais militares de elite do Rio de
Janeiro.
Não se sabe sobre o estado de saúde dos reféns
que ainda estavam no coletivo. Múltiplos disparos foram ouvidos por
repórteres e motoristas que estavam na ponte. De acordo com o porta-voz da Polícia
Militar, coronel Mauro Fliess, o sequestrador foi atingido por um tiro de um
sniper - atirador de elite - posicionado sobre o caminhão do Corpo de
Bombeiros. Fliess complementou dizendo que o sequestrador usava uma arma de
brinquedo e havia espalhado combustível por todo o ônibus.
O sequestro começou depois que o homem ordenou
que o motorista do ônibus parasse o veículo no meio da ponte Rio-Niterói, no
sentido que leva em direção à capital fluminense. A partir daí, a Polícia
Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar foram acionadas. Um grande
congestionamento foi formado nos dois sentidos da ponte por conta do isolamento
policial, que criou um perímetro amplo para evitar que outras pessoas ficassem
feridas por eventuais tiros que fossem disparados.
Ainda não há informações sobre o caso,
principalmente a motivação do sequestrador. O sequestro de ônibus tem alguns
casos precedentes no Rio de Janeiro. Em agosto de 2011, um deles deixou três
feridos no coração da cidade. Em junho de 2000, uma refém foi morta e o
sequestrador morreu após ser capturado pelas autoridades no incidente conhecido
como "O sequestro do Ônibus 174", que virou filme dirigido por José
Padilha.
Por Correio
do Povo e R7
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