Bolsonaro evita falar com a imprensa sobre
determinados assuntos para não ouvir que houve recuo de sua parte
O presidente da República, Jair Bolsonaro,
admitiu nesta quinta-feira, 22, que vai conversar
com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a possibilidade de criar um imposto federal sobre
transações financeiras - nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira ( CPMF). Bolsonaro sinalizou que a medida teria que
servir como forma de compensação.
"Vou ouvir a opinião dele. Se
desburocratizar muita coisa, diminuir esse cipoal de impostos, a burocracia
enorme, eu estou disposto a conversar. Não pretendo, falei que não pretendo
recriar a CPMF", disse Bolsonaro em conversa com jornalistas na saída do
Palácio da Alvorada, pela manhã.
Na quarta-feira, 21, Guedes afirmou que, se o
tributo nos moldes da CPMF for "pequenininho, não machuca".
Segundo Bolsonaro, o ministro deixou claro que é
a sociedade que deve tomar a decisão sobre o imposto. "Ele (Guedes) que
falou. Ele pode falar 'vou colocar 0,10% na CPMF e em consequência acabo com
tais e tais impostos'", declarou Bolsonaro.
O
presidente reclamou que evita falar com a imprensa sobre determinados assuntos
para não ouvir que houve recuo de sua parte. Na quarta, Bolsonaro voltou a
negar a possibilidade do seu governo patrocinar uma nova CPMF.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em
tempo real do Grupo Estado) na quarta e o jornal O Estado de S. Paulo na edição
desta quinta, a Contribuição Social sobre Transações e Pagamentos (CSTP), como
foi batizado o novo imposto, deverá ter uma alíquota mais baixa, de 0,22%.
A ideia é criar uma "conta
investimento" para isentar a cobrança da nova contribuição de aplicações
na Bolsa, renda fixa e poupança, entre outras.
Por AE
Correio do Povo
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