quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Bolsonaro admite que conversará com Guedes sobre imposto nos moldes da CPMF

Presidente sinalizou que a medida teria que servir como forma de compensação

Bolsonaro evita falar com a imprensa sobre determinados assuntos para não ouvir que houve recuo de sua parte
Bolsonaro evita falar com a imprensa sobre determinados assuntos para não ouvir que houve recuo de sua parte 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, admitiu nesta quinta-feira, 22, que vai conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a possibilidade de criar um imposto federal sobre transações financeiras - nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira ( CPMF). Bolsonaro sinalizou que a medida teria que servir como forma de compensação.

"Vou ouvir a opinião dele. Se desburocratizar muita coisa, diminuir esse cipoal de impostos, a burocracia enorme, eu estou disposto a conversar. Não pretendo, falei que não pretendo recriar a CPMF", disse Bolsonaro em conversa com jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã.

Na quarta-feira, 21, Guedes afirmou que, se o tributo nos moldes da CPMF for "pequenininho, não machuca".

Segundo Bolsonaro, o ministro deixou claro que é a sociedade que deve tomar a decisão sobre o imposto. "Ele (Guedes) que falou. Ele pode falar 'vou colocar 0,10% na CPMF e em consequência acabo com tais e tais impostos'", declarou Bolsonaro.

O presidente reclamou que evita falar com a imprensa sobre determinados assuntos para não ouvir que houve recuo de sua parte. Na quarta, Bolsonaro voltou a negar a possibilidade do seu governo patrocinar uma nova CPMF.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na quarta e o jornal O Estado de S. Paulo na edição desta quinta, a Contribuição Social sobre Transações e Pagamentos (CSTP), como foi batizado o novo imposto, deverá ter uma alíquota mais baixa, de 0,22%.

A ideia é criar uma "conta investimento" para isentar a cobrança da nova contribuição de aplicações na Bolsa, renda fixa e poupança, entre outras.


Por AE
Correio do Povo

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