Ex-agente de saúde usa oito remédios contínuos.
Foto: Três Passos News
Um vereador solicitou à Prefeitura Municipal,
através da Secretaria da Assistência Social, a destinação de uma cesta básica
mensal para uma ex-agente de saúde, em Três Passos. Segundo Ido Rhoden (PTB), a
moradora foi baleada por bandidos e ficou impossibilitada de caminhar, com
sérias dificuldades financeiras.
Naira Elis Senger, na época com 32 anos, retornava
do trabalho de motocicleta por uma estrada, entre o bairro Frei Olímpio e
Lajeado Cascatinha, quando foi vítima de um assalto. Ela sofreu disparos de
arma de fogo, além do veículo roubado. Dois projéteis atingiram-lhe a região
cervical, deixando-a paraplégica. Dois dos acusados foram presos. Um menor
apreendido assumiu a autoria dos disparos.
Oito anos depois, os bandidos que atacaram Naira
estão soltos e livres, mas ela vive presa a uma cadeira de rodas, no bairro
Weber. Separada, mora com um filho e com o auxílio do INSS paga uma ajudante,
sobrando pouco mais de R$ 200,00 para comprar remédios. “Sinto dores todo dia,
uso oito medicamentos contínuos, gasto em torno de R$ 500,00 por mês, alguns
consegui na Justiça, mas um mês tem e no outro não”, disse a moradora, que
deverá passar por uma cirurgia, ao Três Passos News.
Conforme a ex-agente de saúde, por cerca de dois
anos, ela chegou a receber cesta básica do CRAS - Centro de Referência da
Assistência Social, mas depois de um recadastramento ficou sem mais receber.
Segundo a ajudante, Naira precisa de fisioterapia, mas só teria conseguido duas
sessões por mês com um especialista, e, de tanto ir atrás e das dificuldades de
deslocamento, acabou cansando e agora ela mesma faz.
O caso de Naira nos remete a outro no município, o
de Ilário Echkardt, morador de Linha Católica, que perdeu os braços em um
acidente de trabalho. O agricultor vendia leite, mas sofreu calote de R$
14.000,00, obrigando-se a vender as vacas e também passa por dificuldades.
Naira e Ilário recebem ajuda passageira, quando suas histórias ressurgem na
imprensa e nas redes sociais, mas logo voltam a ser esquecidos, principalmente
pelas instituições que têm a obrigação de lhes auxiliar.
Fonte:
Três Passos News
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