Autoridades nepalesas anunciaram o fechamento do aeroporto
internacional de Katmandu
Epicentro foi registrado perto da fronteira com
a China, 76 km ao leste de Katmandu | Foto: Diptendu Dutta / AFP / CP
Um novo terremoto de 7,3 graus de magnitude
afetou nesta terça-feira o Nepal, país já devastado por um forte tremor em 25
de abril, provocando a morte de pelo menos 24 pessoas e o pânico dos moradores
de Katmandu. Os habitantes da capital nepalesa correram para as ruas no momento
do terremoto, que durou quase um minuto e começou às 12h35min locais. O
epicentro foi registrado perto da fronteira com a China, 76 km ao leste de
Katmandu e a apenas 18,5 km de profundidade, segundo o Centro Geológico dos
Estados Unidos (USGS).
• Leia mais notícias sobre o Nepal
O fenômeno, que meia hora depois provocou um tremor secundário de 6,3 graus, segundo o USGS, acontece 17 dias depois do terremoto de 7,8 graus que deixou quase 8 mil mortos no Nepal. O tremor também foi sentido na região norte da Índia, especialmente em Nova Délhi, onde os imóveis tremeram e as pessoas correram desesperadas para as ruas. Pelo menos 19 pessoas morreram no Nepal e 679 ficaram feridas, segundo o porta-voz da polícia, Kamal Singh Bam. Quatro pessoas morreram na Índia, segundo autoridades locais, e uma faleceu no Tibete, de acordo com a imprensa estatal chinesa.
No Nepal, todas as mortes aconteceram no distrito de Chautara, ao leste de Katmandu, em grande parte devastada pelo terremoto de 25 de abril. O primeiro terremoto desta terça-feira durou quase um minuto e provocou o acionamento das sirenes de emergência.
"Nós sentimos e logo vimos que as pessoas começavam a correr", afirmou Suresh Sharma, que estava em uma feira no momento do terremoto. "Fiquei com muito medo e foi difícil sair", completou o homem de 63 anos. "Quando aconteceu o grande terremoto (de 25 de abril) saí correndo de casa e consegui escapar. Este terremoto foi como aquele. Não consigo acreditar que voltamos a passar por isto".
Moradores aterrorizados
Apesar do tremor desta terça-feira não ter sido tão intenso como o de 25 de abril, muitos moradores estavam em pânico com a possibilidade de desabamento dos imóveis, já fragilizados pelo terremoto anterior. As autoridades nepalesas anunciaram o fechamento do aeroporto internacional de Katmandu pouco depois do novo terremoto.
Pramita Tamrakar, que acabara de reabrir a loja de móveis que a família administra, afirmou que ao sentir o tremor correu para a rua com os filhos, de 8 e 12 anos. "Pensávamos que os tremores haviam parado e que poderíamos voltar a trabalhar", explicou a mulher.
"Não entendo o que acontece. Ouvi as notícias anteontem, o risco era pequeno, não voltaria a acontecer... E agora tivemos um grande terremoto. Estou com muito medo. Meus filhos estão com muito medo", completou. A polícia nepalesa fez um apelo para que a população permaneça nas ruas e evite saturar a rede de telefonia celular.
"Por favor permaneçam em espaços abertos, nos ajudem a manter as vias acessíveis, não saturem a rede de telefonia. Sugerimos que usem SMS", afirma uma mensagem da polícia em sua conta no Twitter. O Centro Nacional de Operações de Emergência também usou a rede social para um apelo: "Rezem ao Todo-Poderoso para que mantenha a salvo todos os nepaleses nestes momentos difíceis".
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O fenômeno, que meia hora depois provocou um tremor secundário de 6,3 graus, segundo o USGS, acontece 17 dias depois do terremoto de 7,8 graus que deixou quase 8 mil mortos no Nepal. O tremor também foi sentido na região norte da Índia, especialmente em Nova Délhi, onde os imóveis tremeram e as pessoas correram desesperadas para as ruas. Pelo menos 19 pessoas morreram no Nepal e 679 ficaram feridas, segundo o porta-voz da polícia, Kamal Singh Bam. Quatro pessoas morreram na Índia, segundo autoridades locais, e uma faleceu no Tibete, de acordo com a imprensa estatal chinesa.
No Nepal, todas as mortes aconteceram no distrito de Chautara, ao leste de Katmandu, em grande parte devastada pelo terremoto de 25 de abril. O primeiro terremoto desta terça-feira durou quase um minuto e provocou o acionamento das sirenes de emergência.
"Nós sentimos e logo vimos que as pessoas começavam a correr", afirmou Suresh Sharma, que estava em uma feira no momento do terremoto. "Fiquei com muito medo e foi difícil sair", completou o homem de 63 anos. "Quando aconteceu o grande terremoto (de 25 de abril) saí correndo de casa e consegui escapar. Este terremoto foi como aquele. Não consigo acreditar que voltamos a passar por isto".
Moradores aterrorizados
Apesar do tremor desta terça-feira não ter sido tão intenso como o de 25 de abril, muitos moradores estavam em pânico com a possibilidade de desabamento dos imóveis, já fragilizados pelo terremoto anterior. As autoridades nepalesas anunciaram o fechamento do aeroporto internacional de Katmandu pouco depois do novo terremoto.
Pramita Tamrakar, que acabara de reabrir a loja de móveis que a família administra, afirmou que ao sentir o tremor correu para a rua com os filhos, de 8 e 12 anos. "Pensávamos que os tremores haviam parado e que poderíamos voltar a trabalhar", explicou a mulher.
"Não entendo o que acontece. Ouvi as notícias anteontem, o risco era pequeno, não voltaria a acontecer... E agora tivemos um grande terremoto. Estou com muito medo. Meus filhos estão com muito medo", completou. A polícia nepalesa fez um apelo para que a população permaneça nas ruas e evite saturar a rede de telefonia celular.
"Por favor permaneçam em espaços abertos, nos ajudem a manter as vias acessíveis, não saturem a rede de telefonia. Sugerimos que usem SMS", afirma uma mensagem da polícia em sua conta no Twitter. O Centro Nacional de Operações de Emergência também usou a rede social para um apelo: "Rezem ao Todo-Poderoso para que mantenha a salvo todos os nepaleses nestes momentos difíceis".
Fonte: AFP
Correio do Povo
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