Presidente da Fepam é investigada na operação
Concutare, diz Tarso
Crédito: Claudio Fachel / Palácio Piratini / CP
Crédito: Claudio Fachel / Palácio Piratini / CP
Direto
do Oriente Médio, onde acompanha uma comitiva gaúcha que visita a região, o
governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, confirmou nesta quarta-feira que a
presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriele
Gottlieb, foi afastada do cargo depois que seu nome consta entre os investigados da
Operação Concutare, desencadeada no
começo desta semana. "Ela (Gabriele) está sendo investigada e para nós
isso é o bastante para um afastamento. Claro que isso não significa que ela
seja culpada, até porque isso será determinado pelas autoridades", disse
em Israel.
• Leia todas as notícias sobre a Operação Concutare
Tarso afirmou de forma veemente que qualquer integrante do governo que tenha vínculo com o esquema de corrupção será afastado. "Se alguma outra pessoa que faz parte da nossa administração estiver ligada a isso, será afastada. Para nós não interessa o grau dessa relação", frisou.
A confirmação do afastamento de Gabriele ocorreu um dia depois que ela mesmo decidiu deixar o cargo por estar se sentindo incomodada com o desenrolar da operação Concutare. Ela pediu exoneração na tarde desta terça-feira, por meio de uma carta direcionada ao Chefe da Casa Civil, Carlos Pestana. Assume temporariamente o cargo a procuradora Márcia de Sousa Gomes.
O depoimento de um servidor da Fepam nessa segunda-feira na sede da superintendência da Polícia Federal (PF) em Porto Alegre foi considerado central para as investigações da operação. A PF considerou as informações prestadas até agora "esclarecedoras" para o entendimento dos procedimentos realizados na Fepam. Após o depoimento, ele foi solto.
As supostas irregularidades acabaram resultando na prisão do Secretário Estadual do Meio Ambiente, Carlos Niedersberg, que presidiu a fundação até o início de abril. O secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre Luiz Fernando Záchia também foi preso.
Pelo Twitter, Gabriele Gottlieb falou da sua decisão: "Acabo de entregar ao secretário Pestana uma carta onde coloco o cargo de Diretora-Presidente da Fepam à disposição. Faço isso para que a secretária Mari Perusso tenha melhores condições de tomar as medidas que julgue necessárias na Sema/Fepam. Tenho convicção e tranquilidade que realizei um trabalho sério e dedicado no período que estive na Fepam."
Prisões
Nessa segunda-feira, a Polícia Federal prendeu 18 pessoas temporariamente - a detenção dura cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco. Foram presos seis empresários, seis despachantes e seis servidores públicos. Após cerca de dez meses de investigação, a PF identificou diversas quadrilhas que atuavam na aceleração da liberação de licenças ambientais no Estado. Uma rede de corrupção aliciava funcionários públicos para que requisitos legais fossem desconsiderados. Os setores de construção civil e mineração foram alguns dos segmentos beneficiados com as fraudes. A PF apreendeu R$ 468 mil, 44 mil dólares e 5.280 euros - o equivalente a mais de meio milhão de reais.
O superintendente da PF no Estado, Sandro Luciano Caron de Moraes, convocou peritos ambientais de todo o País para avaliar documentos e analisar supostos danos ambientais, especialmente em função da instalação de empreendimentos imobiliários em Porto Alegre e no Litoral Norte.
• Leia todas as notícias sobre a Operação Concutare
Tarso afirmou de forma veemente que qualquer integrante do governo que tenha vínculo com o esquema de corrupção será afastado. "Se alguma outra pessoa que faz parte da nossa administração estiver ligada a isso, será afastada. Para nós não interessa o grau dessa relação", frisou.
A confirmação do afastamento de Gabriele ocorreu um dia depois que ela mesmo decidiu deixar o cargo por estar se sentindo incomodada com o desenrolar da operação Concutare. Ela pediu exoneração na tarde desta terça-feira, por meio de uma carta direcionada ao Chefe da Casa Civil, Carlos Pestana. Assume temporariamente o cargo a procuradora Márcia de Sousa Gomes.
O depoimento de um servidor da Fepam nessa segunda-feira na sede da superintendência da Polícia Federal (PF) em Porto Alegre foi considerado central para as investigações da operação. A PF considerou as informações prestadas até agora "esclarecedoras" para o entendimento dos procedimentos realizados na Fepam. Após o depoimento, ele foi solto.
As supostas irregularidades acabaram resultando na prisão do Secretário Estadual do Meio Ambiente, Carlos Niedersberg, que presidiu a fundação até o início de abril. O secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre Luiz Fernando Záchia também foi preso.
Pelo Twitter, Gabriele Gottlieb falou da sua decisão: "Acabo de entregar ao secretário Pestana uma carta onde coloco o cargo de Diretora-Presidente da Fepam à disposição. Faço isso para que a secretária Mari Perusso tenha melhores condições de tomar as medidas que julgue necessárias na Sema/Fepam. Tenho convicção e tranquilidade que realizei um trabalho sério e dedicado no período que estive na Fepam."
Prisões
Nessa segunda-feira, a Polícia Federal prendeu 18 pessoas temporariamente - a detenção dura cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco. Foram presos seis empresários, seis despachantes e seis servidores públicos. Após cerca de dez meses de investigação, a PF identificou diversas quadrilhas que atuavam na aceleração da liberação de licenças ambientais no Estado. Uma rede de corrupção aliciava funcionários públicos para que requisitos legais fossem desconsiderados. Os setores de construção civil e mineração foram alguns dos segmentos beneficiados com as fraudes. A PF apreendeu R$ 468 mil, 44 mil dólares e 5.280 euros - o equivalente a mais de meio milhão de reais.
O superintendente da PF no Estado, Sandro Luciano Caron de Moraes, convocou peritos ambientais de todo o País para avaliar documentos e analisar supostos danos ambientais, especialmente em função da instalação de empreendimentos imobiliários em Porto Alegre e no Litoral Norte.
Fonte: Correio do Povo e
Rádio Guaíba
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