Parentes das vítimas
protestaram contra a decisão em Porto Alegre
Parentes das vítimas fazem protesto e interrompem
o trânsito na Borges de Medeiros, em Porto Alegre
Crédito: Mauro Schaefer
Crédito: Mauro Schaefer
A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul (TJ-RS) aprovou, na tarde desta quarta-feira, o pedido
de liberdade dos quatro réus detidos após a tragédia da boate Kiss: os
sócios da casa noturna Kiko Spohr e Mauro Hoffmann, o vocalista da banda
Gurizada Fandagueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor do grupo,
Luciano Bonilha Leão.
A decisão do tribunal atendeu ao pedido de habeas corpus do advogado do vocalista, preso de forma preventiva desde 28 de janeiro na Penitenciária Estadual de Santa Maria, no distrito de Santo Antão. Em 27 de janeiro, ele manuseou um sinalizador cujas faíscas encostaram na forração. Santos é acusado de homicídio com dolo eventual, qualificado por asfixia, incêndio e motivo torpe. A 1ª Vara Criminal de Santa Maria já havia negado a solicitação de revogação da prisão, mas defesa de Marcelo recorreu ao Tribunal de Justiça, que atendeu ao pedido. A decisão passa a valer para os demais réus.
O relator, desembargador Manuel José Martinez Lucas, assegurou que os réus não apresentam riscos à sociedade e que depois de quatro meses o clamor público teria esfriado. A mãe de um dos manifestantes chegou a gritar, no momento que os magistrados proferiram os votos, que os réus fugiriam.
O advogado da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Carlos Stever, afirmou que ficou surpreso com a decisão, "principalmente pelo principal argumento do desembargador, que foi já não existir mais o clamor social para justificar a prisão dos réus". Segundo ele, a associação vai entrar com recurso numa instância superior.
Familiares das vítimas da tragédia que vieram a Porto Alegre acompanhar o julgamento protestaram contra a decisão e interromperam o trânsito nas avenidas Borges de Medeiros e Aureliano de Figueiredo Pinto.
A tragédia
O incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. O público participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A tragédia deixou 242 pessoas mortas.
Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram.
Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.
Fonte: Correio do Povo
A decisão do tribunal atendeu ao pedido de habeas corpus do advogado do vocalista, preso de forma preventiva desde 28 de janeiro na Penitenciária Estadual de Santa Maria, no distrito de Santo Antão. Em 27 de janeiro, ele manuseou um sinalizador cujas faíscas encostaram na forração. Santos é acusado de homicídio com dolo eventual, qualificado por asfixia, incêndio e motivo torpe. A 1ª Vara Criminal de Santa Maria já havia negado a solicitação de revogação da prisão, mas defesa de Marcelo recorreu ao Tribunal de Justiça, que atendeu ao pedido. A decisão passa a valer para os demais réus.
O relator, desembargador Manuel José Martinez Lucas, assegurou que os réus não apresentam riscos à sociedade e que depois de quatro meses o clamor público teria esfriado. A mãe de um dos manifestantes chegou a gritar, no momento que os magistrados proferiram os votos, que os réus fugiriam.
O advogado da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Carlos Stever, afirmou que ficou surpreso com a decisão, "principalmente pelo principal argumento do desembargador, que foi já não existir mais o clamor social para justificar a prisão dos réus". Segundo ele, a associação vai entrar com recurso numa instância superior.
Familiares das vítimas da tragédia que vieram a Porto Alegre acompanhar o julgamento protestaram contra a decisão e interromperam o trânsito nas avenidas Borges de Medeiros e Aureliano de Figueiredo Pinto.
A tragédia
O incêndio na boate Kiss – que fica na Rua dos Andradas, Centro de Santa Maria – começou por volta das 2h30min da madrugada de 27 de janeiro. O público participava de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A tragédia deixou 242 pessoas mortas.
Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O objeto teria encostado na forração da casa noturna. As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram.
Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.
Fonte: Correio do Povo
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