Paulo Junior da Costa desapareceu na
segunda-feira | Foto: Arquivo pessoal / CP
Mistério no desaparecimento do motorista de
aplicativo e estudante de Engenharia Mecânica Paulo Junior da Costa, 22 anos,
ocorrida na noite de segunda-feira, véspera de Ano Novo. Residente em Guaíba,
ele sumiu com seu Fiat Grand Siena, de cor vermelha, após informar através do
Whatsapp que realizaria uma corrida até Pelotas. Familiares e amigos estão
desesperados e realizam buscas inclusive junto com a Polícia Civil.
Na manhã desta quarta-feira, a mãe dele, Neiva
Amador, 39 anos, abalada e chorando, esteve na DP de Guaíba para prestar
depoimento. O caso, porém, é investigado também pela 2ªDelegacia de Polícia de
Homicídios e Proteção à Pessoa, de Porto Alegre, por que a ocorrência havia
sido registrada na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, no Palácio da
Polícia, na Capital. “É um guri super tranquilo, estava sempre sorrindo, se
dava bem com todo mundo...é um guri querido por muitos”, recordou. “A gente vai
encontrar ele, não vamos desistir dele. A família está bem unida e ele tem
muito amigos. Ele é um menino forte, abençoado, iluminado, guerreiro. Quem
esteja com ele...deixa ele voltar para casa. É só o que eu peço…..”, implorou a
mãe.
Neiva Amador confirmou que um chinelo encontrado
na tarde de terça-feira em um matagal no município de Osório, no Litoral Norte,
seria mesmo do filho. A descoberta do local foi possível após rastreamento do
celular do jovem. Ela assinalou que no veículo do filho sempre havia um par de
chinelos. Um grupo de motoristas e policiais civis estava na região na manhã
desta quarta-feira em busca de mais pistas. “No dia 31, ele andou 600
quilômetros e desapareceu”, ressaltou ela, referindo-se ao que já foi apurado
no rastreamento.
Em relação à mensagem no Whatsapp sobre a suposta
corrida até Pelotas, enviada à namorada dele em torno das 19h de segunda-feira,
a mãe acredita que foi digitada sob pressão ou enviada por outra pessoa. “Ele
ficou de pegar ela no trabalho e não foi”, recordou. A namorada mandou então
uma mensagem perguntando onde estava. “A mensagem que ele mandou: To. Numa.
Corida. Chama. Teu. Vo.”, revelou. “Sim. Corida. Pra. Pelotas. Mor. Daqui, Uma
hora. E. 20. To Retornando”, acrescentou.
“Pela mensagem vimos que não era ele. Para um
menino que faz Engenharia...não bate”, disse a mãe acrescentando que jamais o
filho faria uma viagem para tão longe e sobretudo na véspera de Ano Novo. O pai
tentou igualmente contato em torno das 20h30min. “Meu filho disse que estava
indo”, relatou a mãe, observando que o pai pediu para “trazer um saco de carvão
ou lenha” no suposto retorno pela Estrada do Conde. “Foi o último contato com
ele”, lamentou.
Já o diretor da Divisão de Homicídios e Proteção
à Pessoa da Polícia Civil, delegado Gabriel Bicca, declarou na manhã desta
quarta-feira que várias hipóteses são investigadas. “Estamos diligenciando para
ver se é mesmo um desaparecimento, um crime mais grave ou não é nada”,
explicou. “A mensagem não era o jeito dele se manifestar”, endossou. Os agentes
solicitaram ao aplicativo que repasse a última rota realizada pelo Fiat Grand
Siena que igualmente não foi ainda localizado.
Correio do Povo
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