quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Mistério no desaparecimento de motorista de aplicativo

Paulo Junior da Costa, 22 anos, sumiu após informar que faria uma corrida até Pelotas na segunda

Paulo Junior da Costa desapareceu na segunda-feira | Foto: Arquivo pessoal / CP
   Paulo Junior da Costa desapareceu na segunda-feira | Foto: Arquivo pessoal / CP

Mistério no desaparecimento do motorista de aplicativo e estudante de Engenharia Mecânica Paulo Junior da Costa, 22 anos, ocorrida na noite de segunda-feira, véspera de Ano Novo. Residente em Guaíba, ele sumiu com seu Fiat Grand Siena, de cor vermelha, após informar através do Whatsapp que realizaria uma corrida até Pelotas. Familiares e amigos estão desesperados e realizam buscas inclusive junto com a Polícia Civil.

Na manhã desta quarta-feira, a mãe dele, Neiva Amador, 39 anos, abalada e chorando, esteve na DP de Guaíba para prestar depoimento. O caso, porém, é investigado também pela 2ªDelegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa, de Porto Alegre, por que a ocorrência havia sido registrada na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, no Palácio da Polícia, na Capital. “É um guri super tranquilo, estava sempre sorrindo, se dava bem com todo mundo...é um guri querido por muitos”, recordou. “A gente vai encontrar ele, não vamos desistir dele. A família está bem unida e ele tem muito amigos. Ele é um menino forte, abençoado, iluminado, guerreiro. Quem esteja com ele...deixa ele voltar para casa. É só o que eu peço…..”, implorou a mãe.

Neiva Amador confirmou que um chinelo encontrado na tarde de terça-feira em um matagal no município de Osório, no Litoral Norte, seria mesmo do filho. A descoberta do local foi possível após rastreamento do celular do jovem. Ela assinalou que no veículo do filho sempre havia um par de chinelos. Um grupo de motoristas e policiais civis estava na região na manhã desta quarta-feira em busca de mais pistas. “No dia 31, ele andou 600 quilômetros e desapareceu”, ressaltou ela, referindo-se ao que já foi apurado no rastreamento.

Em relação à mensagem no Whatsapp sobre a suposta corrida até Pelotas, enviada à namorada dele em torno das 19h de segunda-feira, a mãe acredita que foi digitada sob pressão ou enviada por outra pessoa. “Ele ficou de pegar ela no trabalho e não foi”, recordou. A namorada mandou então uma mensagem perguntando onde estava. “A mensagem que ele mandou: To. Numa. Corida. Chama. Teu. Vo.”, revelou. “Sim. Corida. Pra. Pelotas. Mor. Daqui, Uma hora. E. 20. To Retornando”, acrescentou.

“Pela mensagem vimos que não era ele. Para um menino que faz Engenharia...não bate”, disse a mãe acrescentando que jamais o filho faria uma viagem para tão longe e sobretudo na véspera de Ano Novo. O pai tentou igualmente contato em torno das 20h30min. “Meu filho disse que estava indo”, relatou a mãe, observando que o pai pediu para “trazer um saco de carvão ou lenha” no suposto retorno pela Estrada do Conde. “Foi o último contato com ele”, lamentou.

Já o diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil, delegado Gabriel Bicca, declarou na manhã desta quarta-feira que várias hipóteses são investigadas. “Estamos diligenciando para ver se é mesmo um desaparecimento, um crime mais grave ou não é nada”, explicou. “A mensagem não era o jeito dele se manifestar”, endossou. Os agentes solicitaram ao aplicativo que repasse a última rota realizada pelo Fiat Grand Siena que igualmente não foi ainda localizado.


Correio do Povo

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