quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Eduardo Leite assume governo do Rio Grande do Sul

Cerimônia foi realizada na Assembleia Legislativa do Estado

Eduardo Leite assumiu o cargo nesta terça-feira | Foto: Mauro Schaefer
   Eduardo Leite assumiu o cargo nesta terça-feira | Foto: Mauro Schaefer

Mais jovem governador eleito do país, Eduardo Leite (PSDB) foi empossado em cerimônia na Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira. Ele assinou o termo de posse por volta das 16h10min, assumindo oficialmente o Poder Executivo e projetando uma “nova equação política visando o bem comum” ao longo de seu governo.

O tom conciliador marcou o discurso de quase meia hora – e que foi interrompido por aplausos em apenas uma oportunidade. “Queremos e vamos romper com velhos modelos, porque este novo momento exige novas formas de fazer e construir”, disse. “Não podemos mais ficar parados no tempo, porque nem sequer temos mais tempo”, complementou ele.

Leite fez acenos à oposição. “Estamos desperdiçando há anos a força transformadora da união dos gaúchos. Chega de criar raízes na discórdia, quando nós podemos fazer da convergência uma alavanca de desenvolvimento para todos”, discursou ele, pedindo que se cheguem ao que chamou de “consensos estratégicos” para o Estado.

“É hora de romper de vez com a polarização inútil, com o confronto vazio e ideologização das pautas, como, se, por exemplo, cultura fosse de esquerda e eficiência, de direita. Não são. Essas e outras pautas são de Estado”, ressaltou. “Quero construir vitórias e coletivas e não derrotas individuais.”

O governador citou que recebe o governo com déficit bilionário previstos para o próximo exercício fiscal. “Nosso estado atravessou as últimas décadas com déficits orçamentários em praticamente em todos os anos”, disse. “A conta chegou e foi gerenciada ao limite por uma série de improvisos e soluções extraordinárias para obtenção de recursos, combinadas mais recentemente a atrasos a fornecedores e servidores públicos. O governo gaúcho, como resultado, enfrenta uma das piores crises do país”, afirmou.

No entanto, destacou que não irá apenas focar na economia. “É preciso mais que governar apenas o caixa do governo. Não vamos ignorar a realidade, mas também não iremos nos render à ela”, disse ele, que elencou três pilares de trabalho: gestão pública técnica, crescimento responsável e desenvolvimento humano e social. “Ao contrário do que dizem por aí, a social democracia não morreu. Ela estará presente no Rio Grande.”

Primeira reunião nesta quarta

Depois da cerimônia na Assembleia, ele dirigiu-se ao Palácio Piratini, onde José Ivo Sartori transmitiu o cargo. O novo governador, em seguida, deu posse aos novos secretários.

Nesta quarta, Leite comanda a primeira reunião do primeiro escalão, onde irá divulgar as primeiras medidas emergenciais visando o corte de despesas – ele assume com déficit de cerca de R$ 3 bilhões. “Vamos afinar uma série de decretos emergenciais para controlar e reduzir as despesas de pessoal e de custeio”, disse ele, indicando que reformas estruturantes devem ser consolidadas nos primeiros 100 dias de governo.


Tiago Medina
Correio do Povo

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