Investigações tiveram início em 2014, quando
foi deflagrada a operação Leite Adulterado
Foto: Ministério Público /
Divulgação / CP
A Justiça de Santa Catarina condenou, na última
semana, 16 pessoas por fraudes e adulterações no leite. As investigações
apontaram que uma empresa catarinense, que tinha uma filial no Rio Grande do
Sul, adicionava soda cáustica ao leite cru para mascarar o padrão de qualidade.
O produto era distribuído em SC, RS e em São Paulo, para empresas como a Nestlé
e Danone.
As condenações foram por adulteração de produtos
alimentícios, crimes contra as relações de consumo e falsidade ideológica. Os
dois sócios-gerentes da Laticínios Mondaí - que comandavam o esquema criminoso
– foram condenados, cada um, a 16 anos de prisão em regime fechado. O gerente
da empresa teve pena estipulada em 13 anos e meio de detenção. Os demais 13
integrantes da organização tiveram penas que variam entre dois e 11 anos de
prisão.
De acordo com a investigação, a organização
criminosa adicionava soda cáustica e peróxido de hidrogênio ao leite cru, já
dentro dos caminhões, para mascarar o padrão de qualidade tanto para os fiscais
agropecuários como para os destinatários finais. Existia um sistema de alerta
de fiscalização e formas de armazenar clandestinamente os insumos para a
adulteração.
Em ação civil pública decorrente das
investigações, a Justiça catarinense determinou, liminarmente, a
indisponibilidade dos bens da Laticínios Mondaí e dos dois sócios. O pedido da
ação é que os réus paguem indenização por dano moral coletivo no valor de, no
mínimo, R$ 5 milhões, a serem revertidos ao Fundo para Reconstituição de Bens
Lesados daquele estado.
Operação
As investigações iniciaram em agosto de 2014,
quando foram deflagradas as operações Leite Adulterado 1 e 2. Na época, foram
cumpridos 20 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, sendo um deles em
Vista Alegre, na região Norte do RS, onde fica uma filial da indústria de
laticínios. Parte do leite era adulterado em território gaúcho, enviado para a
sede da empresa, em Mondaí (SC), e era distribuído para o RS ou São Paulo.
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário