PDT oficializa candidatura de Ciro Gomes à
presidência da República
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP
O PDT confirmou a candidatura de Ciro Gomes à
Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido
nesta sexta-feira. “Ciro tem a responsabilidade de ser a síntese do Brasil
soberano, mais justo e mais soberano”, afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.
Para gerar empregos, Ciro Gomes disse que é
preciso investir em ciência, tecnologia e inovação, bem como recuperar a
indústria brasileira. Ele enumerou ainda a melhoria da segurança pública, com
uma maior participação do governo federal, o aprimoramento da educação e da
saúde, além de equilibrar as contas públicas e acabar com privilégios na
administração pública.
"Mudar o Brasil é preciso e é
possível", afirmou. Mais de uma vez, Ciro citou o ex-governador Leonel
Brizola, fundador do PDT, que morreu em 2004, mas ainda é reverenciado no
partido. "Recebo esta grave missão do PDT do meu amigo Leonel Brizola,
porque quero cuidar do nosso povo. Quero protegê-lo", disse. Ciro Gomes
defendeu uma campanha em que o debate de ideias prevaleça sobre o ódio: "O
Brasil não vai sair desta situação difícil na base do nós contra eles".
Ainda sem vice e sem alianças, Ciro convidou
"todos as forças políticas" a se juntarem ao PDT para "ajudar a
mudar o Brasil". O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que
agora a missão dos filiados e simpatizantes é multiplicar o trabalho que já vem
sendo desenvolvido pelo país e defender a candidatura de Ciro Gomes.
"Vamos, a partir de agora, invadir as ruas e as praças do país para fazer
Ciro Gomes presidente do Brasil", disse Carlos Eduardo Alves, ex-prefeito
de Natal (RN).
A convenção reuniu integrantes do Diretório
Nacional e do Conselho Político, representantes de movimentos sociais
vinculados ao partido, senadores, deputados federais e estaduais, delegados e
presidentes das comissões provisórias.
O partido não definiu o candidato a
vice-presidente nem as demais legendas que integrarão a chapa de Ciro Gomes. A
tarefa está a cargo da Executiva Nacional. Caberá também à cúpula pedetista
articular com outras legendas e fechar a coligação que apoiará o
presidenciável. Os partidos têm até o dia 15 de agosto para
apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a chapa completa, incluindo as
legendas aliadas.
A expectativa da cúpula do PDT é que a eleição
presidencial alavanque o partido nos estados. Lupi tem falado em eleger este
ano uma bancada de pelo menos 40 deputados federais. Atualmente o partido tem
19 deputados federais e três senadores.
Até agora, o PDT tem oito nomes para disputar os
governos estaduais: Waldez Góes (AP), Lígia Feliciano (PB), Carlos Eduardo
Alves (RN), Jairo Jorge (RS), Pedro Fernandes (RJ), Acir Gurgacz (RO), Odilon
de Oliveira (MS) e Osmar Dias (PR).
Perfil
Esta é a terceira vez que Ciro Gomes será
candidato à Presidência da República: em 1998 e 2002, ele concorreu pelo PPS.
Natural de Pindamonhangaba (SP), construiu sua carreira política no Ceará, onde
foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em
1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da
Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu
partido na época.
Ciro Gomes foi ministro da Integração Nacional
de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula, e tocou o projeto de
Transposição do Rio São Francisco. Deixou a Esplanada dos Ministérios para
concorrer a deputado federal e foi eleito. Também exerceu dois mandatos de
deputado estadual no Ceará. Tem 60 anos e quatro filhos.
Agência Brasil
Correio do Povo
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