Estudante brasileira é morta a tiros na
Nicarágua | Foto: Reprodução / Facebook / CP
A estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima
morreu nesta terça-feira na Nicarágua atingida por balas supostamente
disparadas por paramilitares em meio à onda de violência que atinge o país e
que deixou quase 300 mortos em três meses. Raynéia, 32 anos, cursava o último
ano de Medicina e foi baleada quando dirigia para sua casa no sudoeste de
Manágua por volta de meia-noite, informou à AFP o reitor da Universidade
Americana (UAM), Ernesto Medina.
O crime aconteceu no complexo residencial Lomas
de Monserrat, onde, segundo, testemunhas paramilitares atiraram contra seu
carro. A estudante foi levada pelo namorado para o hospital, mas os
"ferimentos eram fatais" e ela faleceu nas primeiras horas da manhã,
indicou Medina. Uma bala perfurou o fígado e a jovem morreu quando era atendida
no Hospital Militar em Manágua, de acordo com informações do canal 100%
Noticias. Raynéia, que morava há seis anos na Nicarágua, nasceu em Pernambuco e
fazia estágio no hospital da polícia Roberto Huembes, indicou Medina, que era
um de seus professores na UAM.
A Nicarágua vive uma onda de protestos desde o
dia 18 de abril, quando a população rejeitou uma proposta de reforma da
previdência que depois foi abandonada pelo governo. As autoridades do
Brasil já notificaram o governo de Daniel Ortega sobre o caso e pediram
explicações. A embaixadora nicaraguense em Brasília também deve ser convocada
pelo governo, segundo a diplomata - até o momento as autoridades da Nicarágua
não se pronunciaram.
Ainda não está claro se Raynéia tinha parentes em
Manágua. Também não há prazo para que o corpo da estudante seja liberado pelas
autoridades e possa ser trazido para o Brasil, já que isso depende dos trâmites
legais do IML local.
Pai de brasileira morta na Nicarágua ainda não
tem informações sobre o caso
O pai da estudante Raynéia Gabrielle Lima,
Ridevando Pereira, contou que soube da morte de sua filha por meio de uma
ligação da Embaixada brasileira em Manágua. Estudante universitária, a
brasileira foi morta a tiros na noite desta segunda-feira 23 em Manágua,
capital da Nicarágua.
Segundo ele, a família tem poucas informações e
ainda não sabe sob quais circunstâncias Raynéia morreu. "Estamos em
contato com a embaixada para saber alguma coisa", disse.
Raynéia, de 30 anos, era estudante de Medicina na
Universidade Americana de Manágua (UAM). Ela estava perto de se formar e já
fazia residência, segundo o pai. A jovem morava sozinha na Nicarágua há cinco
anos e suas aulas na universidade estavam suspensas.
As autoridades brasileiras já notificaram o
governo de Daniel Ortega sobre o caso e pediram explicações. A embaixadora
nicaraguense em Brasília também deve ser convocada pelo governo, segundo uma
diplomata brasileira em Manágua ouvida pela reportagem. Até a publicação esta
reportagem, as autoridades da Nicarágua não haviam se pronunciado.
ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo
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