quarta-feira, 18 de julho de 2018

Denunciado empresário que matou ex-companheira na zona norte de Porto Alegre


Sede da Promotoria do Júri de Porto Alegre
   Sede da Promotoria do Júri de Porto Alegre

O Ministério Público denunciou, perante a 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, o empresário Marcelo de Oliveira Bueno por ter matado a ex-companheira Débora Cassiane Martins Duarte, de 18 anos.

Conforme o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, que assina a denúncia, Marcelo de Oliveira Bueno praticou o homicídio por motivo torpe, utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele também deverá responder por feminicídio, que é o crime praticado por violência de gênero.

O crime ocorreu no dia 31 de maio deste ano, na zona norte de Porto Alegre. O denunciado desferiu um disparo de arma de fogo contra Débora, no interior da residência localizada na Vila Farrapos. Conforme o promotor, o delito foi cometido por motivo torpe, pelo fato de o denunciado “não aceitar o desejo da vítima de por fim à relação de união estável que mantinham”.

ARMA USADA NO CRIME

Também foi denunciado à Justiça Rodrigo Mallet Maciel de Almeida. Dias antes do crime, ele foi o responsável por receber, como produto de um crime, a pistola usada para atirar em Débora. Em seguida, Rodrigo a emprestou a Marcelo de Oliveira Bueno para que o crime fosse consumado. Por isso, foi denunciado pela prática do crime de receptação e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, conforme o artigo 14 da Lei Nº 10.826/03.

PRISÃO PREVENTIVA

Também foi pedida a prisão preventiva, que foi determinada pelo juízo e cumprida no Estado de Santa Catarina.

Após o crime, e no momento do flagrante, Marcelo de Oliveira Bueno agiu de forma dissimulada fingindo que o disparo havia sido não intencional.

No pedido da prisão preventiva, Eugênio Paes Amorim destaca que o denunciado ameaçava, agredia e constrangia a vítima a seguir no relacionamento. “Manter solta pessoa que pratica tal sequência de conduta contra a companheira e que ainda arquiteta uma versão mentirosa para a execução da pobre vítima é estimular mais criminalidade e sinalizar para a sociedade que o crime compensa e as pessoas não podem crer nas instituições”, finalizou o promotor.


Fonte: Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul

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