Sede da Promotoria do Júri de Porto Alegre
O
Ministério Público denunciou, perante a 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, o
empresário Marcelo de Oliveira Bueno por ter matado a ex-companheira Débora
Cassiane Martins Duarte, de 18 anos.
Conforme
o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, que assina a denúncia, Marcelo de
Oliveira Bueno praticou o homicídio por motivo torpe, utilizando recurso que
dificultou a defesa da vítima. Ele também deverá responder por feminicídio, que
é o crime praticado por violência de gênero.
O crime
ocorreu no dia 31 de maio deste ano, na zona norte de Porto Alegre. O
denunciado desferiu um disparo de arma de fogo contra Débora, no interior da
residência localizada na Vila Farrapos. Conforme o promotor, o delito foi
cometido por motivo torpe, pelo fato de o denunciado “não aceitar o desejo da
vítima de por fim à relação de união estável que mantinham”.
ARMA USADA NO CRIME
Também
foi denunciado à Justiça Rodrigo Mallet Maciel de Almeida. Dias antes do crime,
ele foi o responsável por receber, como produto de um crime, a pistola usada
para atirar em Débora. Em seguida, Rodrigo a emprestou a Marcelo de Oliveira
Bueno para que o crime fosse consumado. Por isso, foi denunciado pela prática
do crime de receptação e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, conforme
o artigo 14 da Lei Nº 10.826/03.
PRISÃO PREVENTIVA
Também
foi pedida a prisão preventiva, que foi determinada pelo juízo e cumprida no
Estado de Santa Catarina.
Após
o crime, e no momento do flagrante, Marcelo de Oliveira Bueno agiu de forma
dissimulada fingindo que o disparo havia sido não intencional.
No
pedido da prisão preventiva, Eugênio Paes Amorim destaca que o denunciado
ameaçava, agredia e constrangia a vítima a seguir no relacionamento. “Manter
solta pessoa que pratica tal sequência de conduta contra a companheira e que
ainda arquiteta uma versão mentirosa para a execução da pobre vítima é
estimular mais criminalidade e sinalizar para a sociedade que o crime compensa
e as pessoas não podem crer nas instituições”, finalizou o promotor.
Fonte:
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
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