Um hotel em Júlio de Castilhos vai a leilão no dia 3 de agosto com a finalidade de contribuir com o pagamento de centenas de credores da Cooperativa Regional Castilhense De Carnes e Derivados Ltda. Criada em 1939, a empresa enfrentou uma crise na década de 1990. Em função das dívidas trabalhistas, os funcionários entraram com acordo na Justiça do Trabalho. Apesar de intervenções, reinício e cessão de atividades e de tentativas de leiloar a própria sede da cooperativa, a empresa ainda tem vários credores e uma dívida milionária.
Conforme o juiz do trabalho Gustavo Fontoura Vieira, o leilão do hotel e de tudo o que consta nele, foi uma das medidas encontradas pela Justiça para ajudar a saldar os credores da Cooperativa Castilhense. O juiz explica que levar imóveis penhorados pela Justiça é procedimento. A escolha do estabelecimento, apesar de não ter sido utilizado pela própria Cooperativa, é uma alternativa mais viável que a do frigorífico, que tem um maquinário antigo e interessa a um nicho mais limitado. “O leilão é a sequência regular do processo. Não estamos contra nem a favor da Cooperativa Castilhense”, argumenta Vieira.
O hotel com quatro pavimentos e benfeitorias está avaliado em R$ 2.293.650,00. Os móveis, as máquinas, os eletro-eletrônicos, a louça e todo o restante dos materiais presentes no interior do prédio estão estimados em R$ 42.015,00. A aquisição pode do estabelecimento pode ser feita por pessoa física ou jurídica. O valor total é de R$ 2.335.665,00.
É a segunda vez que o hotel vai a leilão. A primeira ocorreu em maio deste ano. Naquela oportunidade, não houve interessado. Se no leilão de agosto não aparecer nenhum comprador, a Justiça reavaliará esse procedimento e poderá convocar um novo leilão e uma nova forma de venda.
Processo – Com quase vinte anos, o processo contra a Cooperativa Castilhense tem centenas de reclamantes, 11.823 páginas e está na 1ª Vara da Justiça do Trabalho da 4ª Região.
Fonte a Razão do dia - 13/7
Foto o juiz do trabalho Gustavo Fontoura Vieira
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