Entidade diz
que é incumbência dos deputados federais expulsar uma figura abjeta que faz
apologia a tortura
O Instituto Vladimir
Herzog manifestou indignação, por meio de nota pública, contra a
conduta do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação da
abertura do processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff, no
último domingo. Em breve discurso, o parlamentar exaltou o coronel Carlos
Brilhante Ustra, um dos torturadores da ditadura militar, falecido no ano
passado.
"Nossa
Constituição é plena de razões explícitas, desde seus Princípios Fundamentais,
para se impedir que Jair Bolsonaro continue a ofender e envergonhar o Brasil
com sua apologia à tortura por agentes do Estado e incitação ao crime, em plena
Câmara dos Deputados - pelo que deveria inclusive ser responsabilizado
criminalmente", diz a nota.
Segundo o
instituto, falta de decoro parlamentar seria o mínimo a ser atribuído a
Bolsonaro. De acordo com a entidade, é incumbência dos deputados federais,
independentemente de partidos, "expulsar de seu convívio, imediatamente,
uma figura abjeta como essa, que faz a apologia do crime covarde que é a
tortura".
"Conclamamos
todos os cidadãos que, como nós, exaltam a democracia como valor fundamental a
pressionarem os deputados federais, o STF - guardião da Constituição - todos,
enfim, a livrar nosso Congresso dessa figura ignóbil que se jacta publicamente
de ser criminosa", finaliza o comunicado da entidade.
Investigação
A Procuradoria-Geral da República
(PGR) decidiu que vai investigar a conduta de Bolsonaro após receber
17,8 mil reclamações de cidadãos que criticaram a conduta do parlamentar
durante a votação na Câmara. As reclamações foram recebidas em todo o país por
meio de um serviço eletrônico do Ministério Público Federal (MPF) que permite
aos cidadãos denunciar qualquer tipo de crime.
Agência Brasil
Correio do Povo
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