Defensora
teria recebido R$ 100 mil após ameaçar envolver nome de político em casos de
abusos de crianças
Advogada suspeita de extorquir dinheiro de
prefeito é presa em Riozinho | Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP
* Com informações de
Eduardo Paganella
Uma
advogada foi presa nessa terça-feira pela Polícia Civil por suspeita de
extorquir R$ 100 mil do prefeito de Riozinho, Airton Trevizani. Segundo
informações preliminares, a mulher teria obtido o dinheiro depois de ameaçar
Trevizani, envolvendo o nome dele em crimes relacionados a crianças na cidade
do Vale do Sinos.
Conforme
a Polícia Civil, a investigação do caso começou ainda no final de 2015, quando
Trevizani decidiu procurar as autoridades relatando a extorsão. De acordo com o
prefeito, a advogada pedia dinheiro para não divulgar à imprensa local supostas
ligações dele com um vereador que foi indiciado por estuprar uma menina de 12
anos.
Paralelamente
ao caso, existe uma investigação policial sobre adoções irregulares e tráfico
de crianças de Riozinho. Trevizani alegou que a advogada também queria
envolvê-lo no caso e solicitou dinheiro para não citar seu nome nos crimes. A
mulher seria defensora de famílias dessas menores.
"A
todo momento ela me ameaçava e queria dinheiro. Ela começou a pegar no meu pé e
trouxe a questão do vereador. Ela dizia que eu estava acobertando o vereador.
Depois, em um segundo momento, ela começou a me perseguir com a história do
tráfico de crianças. Além disso, disse ainda que eu levava meninas para um
sítio e ainda afirmava que eu controlava as eleições de conselheiros tutelares.
A ideia dela era colocar uma amiga no Conselho Tutelar", argumentou
Trevizani em entrevista à Rádio Guaíba.
Casamento
em risco
Airton
Trevizani relatou que sua vida virou um inferno depois que a advogada decidiu
ameaçá-lo e extorquir dinheiro. "Minha filha chegou a brigar no colégio
porque tentava me defender e foi internada três vezes no hospital. Meu
casamento está a perigo. Semana passada viajei para Brasília e esta advogada
disse que eu estava em uma festa, participando de uma orgia. E meu advogado
sempre me disse para não pagar, mas a pressão foi tão grande que eu decidir dar
os R$ 100 mil para me livrar do problema", explicou o prefeito.
Correio do Povo e Rádio Guaíba
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