Grupo fraudava
processos licitatórios em Foz do Iguaçu
A
Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal
deflagraram nesta terça-feira a Operação Pecúlio. É para desarticular um grupo
que praticava irregularidades em processos licitatórios em Foz do Iguaçu, no
Paraná. De acordo com as investigações, o esquema envolveu o uso de verbas
públicas federais com a finalidade de obtenção de vantagens indevidas.
A
operação investiga a existência de indícios de ingerências de gestores do
município, de forma direta e indireta, em empresas contratadas para prestação
de serviços e para a realização de obras junto à administração municipal. As
empresas teriam recebido quantias milionárias de recursos públicos federais
destinados, por exemplo, ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), bem como
de empresas contratadas para prestar serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Irregularidades
A CGU
informou ter identificado uma série de irregularidades como restrições de
competição e outras fraudes formais e contratuais; irregularidades que comprometeram
a execução contratual; e irregularidades relacionadas com prejuízo ao erário
(como superfaturamento, por exemplo). Foi identificada ainda a participação de
pessoas ligadas à administração municipal em empresas, por meio de interpostas
pessoas que mantêm importantes contratos com o município.
De acordo
com a Polícia Federal, estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão
preventiva, dez mandados de prisão temporária, 19 conduções coercitivas e 51
mandados de busca e apreensão em residências e empresas supostamente ligadas à
organização criminosa. Participam da operação cerca de 250 policiais federais,
23 servidores da Receita Federal e 14 da CGU.
Ainda
segundo a corporação, as investigações começaram há dois anos, quando ficou
constatada a existência de indícios de ingerência de gestores do município. Os
investigados vão responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva e
corrupção ativa, prevaricação, crimes à lei de licitações e organização
criminosa. Se condenados, os envolvidos podem pegar penas de mais de 20 anos de
prisão.
A
assessoria de imprensa da prefeitura de Foz do Iguaçu informou que vai aguardar
a conclusão de uma entrevista coletiva convocada pela Polícia Federal para para
se manifestar sobre a operação. A previsão é que uma nota seja publicada ao
longo do dia na página da prefeitura em uma na rede social.
Agência Brasil
Correio do Povo
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