Foto: Jonas Martins
No domingo a noite uma médica que se dirigia a Tenente Portela, vindo de
Três Passos foi vitima de um acidente de trânsito. Segundo informações
repassadas pela motorista do veículo acidentado, ela foi desviar de um buraco
quando colidiu frontalmente com um outro veículo.
Recentemente nas proximidades da Estiva, no trecho da ERS-330 que liga
Redentora a Miraguaí, uma família que transitava também foi vitima de um
acidente em decorrência de uma deformidade na pista. O motorista foi
surpreendido por um buraco e ao tentar o desvio, perdeu o controle, sai da
pista e capotou o veículo.
Os dois fatos relatados no início deste artigo retratam exatamente o
perigo que está sendo transitar nas rodovias da região em virtude do abandono e
da precariedade com que se encontram as vias, principalmente estaduais, que
circundam Tenente Portela.
A RSC-472 tem dois problemas recorrentes. O primeiro os buracos, que
apesar de uma recente operação tapa-buracos já voltaram a aparecer e a causar
problemas aos motoristas. Os trechos mais críticos ficam entre Tenente Portela
e Três Passos, principalmente após a ponte do turno.
O outro problema, dessa que é proporcionalmente uma das rodovias com
maior número de acidentes da Região Noroeste, é a vegetação lateral, que invade
a pista e dificulta a vida dos motoristas, principalmente em trechos de curva.
O capim-elefante é o maior problema, por ter tamanho maior o vegetal invade a
pista e prejudica inclusive a visibilidade dos motoristas em alguns trechos.
Já na ERS-330 uma operação tapa-buracos foi realizado entre Redentora e
Miraguaí, o que melhorou consideravelmente as condições da via de circulação,
no entanto, a situação entre Miraguaí e Tenente Portela é um verdadeiro retrato
do abandono.
Não é raro flagrarmos nas redes sociais ou recebermos através de nossos
canais reclamações de motoristas que tiveram algum problema em virtude dos
buracos, que na maioria das vezes tange a estragos em pneus e rodas e nos casos
mais extremos, acidentes como os registrados no início dessa reportagem.
A situação das rodovias da região não é exclusividade de um governo.
Rigotto, Yeda, Tarso e Sartori passaram pelo Palácio do Piratini sem que uma
solução mais viável fosse aplicadas nesses trechos.
Acontece que as ações de tapa-buracos são mediadas paliativas e em
virtude do alto volume de trafego, sobretudo de veículos de carga, os mesmos
buracos sempre retornam poucos dias após a realização do trabalho.
A solução seria um trabalho amplo de recapeamento a exemplo do que foi
realizado na RS-155 entre Santo Augusto e Ijuí, no entanto, tal medida esbarra
na falta de recursos financeiros e muitas vezes na pouca influência política
que a microrregião exerce dentro do cenário estadual.
Com a eleição de Eduardo Leite para governador, se renova as esperanças
dos moradores desse canto do Rio Grande do Sul, que talvez dessa vez as
melhorias estruturais que a microrregião precisa estejam nos planos do
novo governo, pois somente assim, esses problemas pontuais, mas extremamente
importantes para a o desenvolvimento da região, teriam alguma chance de ser
solucionados.
Umas das alternativas seria utilizar a Rota do Yucumã como argumento,
pois, mesmo estando distante de ser o atrativo que são outras regiões
turísticas do estado, há uma grande expectativa de avanço por aqui nos próximos
anos, alavancados pelas melhorias previstas para o Parque Estadual do Turvo e
que melhorará a recepção dos turistas junto ao Salto do Yucumã.
Para qualquer pretensão de desenvolvimento que a microrregião tenha, a
melhoria das estradas deve estar no topo da lista. É necessário que esse
abandono de nossas rodovias, que vem de deteriorando governo após governo,
receba um pouco de atenção, caso contrário, será difícil imaginar que em
algum momento está deixará de ser uma das regiões mais pobres do estado.
Fonte: Clic
Portela
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