Presidente eleito avalia que empresa é
estratégica e deve continuar existindo
Foto: Sergio Lima / AFP / CP Memória
O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta
segunda-feira, no Rio de Janeiro, que a Petrobras pode ser privatizada em
parte. Ao mesmo tempo, ele avaliou que a estatal é uma empresa estratégica e
que deve continuar existindo: "alguma coisa você pode privatizar. Não
toda. É uma empresa estratégica."
Segundo Bolsonaro, não há decisão tomada.
"Estamos conversando. Eu não sou uma pessoa inflexível. Mas nós temos que
ter muita responsabilidade para levar adiante um plano como esse." Pela
manhã, em Brasília, o vice-presidente eleito Hamilton Mourão afirmou que o
futuro governo pretende preservar o "núcleo duro" da estatal,
mas a equipe estuda a possibilidade de negociar áreas como distribuição e
refino.
Nomeação
Mais cedo, o economista Roberto Castello Branco foi
confirmado para presidir a Petrobras. Em artigos recentes publicados na imprensa, ele defendeu a
privatrização da empresa. Indicado por Paulo Guedes, que assumirá o Ministério
de Fazendo, Castello Branco aceitou o convite. Bolsonaro reiterou que Guedes
tem carta branca no seu governo. "Tudo que é envolvido com economia, ele
está escalando o time. Eu só, obviamente, estou cobrando proatividade. Enxugar
a máquina e fazê-la funcionar para o bem estar da população."
O presidente eleito acrescentou ainda que quer o
valor do combustível mais barato. Porém, avaliou que os preços também levam em
conta decisão dos governos estaduais. "Em grande parte, depende dos
governadores, que colocam o ICMS lá em cima."
Banco do Brasil
Para o Banco do Brasil, Bolsonaro admitiu que
estuda o nome de Ivan Monteiro, que atualmente está no comando da Petrobras.
Segundo ele, a equipe econômica não terá direito de errar e está sendo montada
com nomes que já são testados no mercado.
O presidente eleito deu as declarações na
portaria do condomínio onde mora, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele
saiu em um carro escoltado pela Polícia Federal pouco antes das 15h. O comboio
voltou cerca de 30 minutos depois. Ele disse ter ido ao banco. "Eu sou um
ser humano. De vez em quando eu falo para darmos um passeio aí, para poder sair
de casa."
Educação
Questionado sobre o Ministério da Educação,
Bolsonaro afirmou que avalia com calma os nomes. "Desde muito tempo, (o
Ministério da Educação) está aparelhado. Há um marxismo lá dentro que trava o
Brasil." Bolsonaro disse que os governos do PT dobraram os gastos em
educação e mesmo assim não houve melhoras nos índices: "a molecada não
sabe fazer uma regra de três simples."
Bolsonaro descartou a possibilidade de nomear a
atual presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, como ministra. "Essa não esteve à
frente dessa prova do Enem? Está fora. Não tem nem cartão amarelo. É vermelho
direto."
Agência Brasil
Correio do Povo
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