Créditos: Lucas
Cidade - Rádio Uirapuru
Nos últimos dias a Rádio Uirapuru vem divulgando casos que estão
em investigação pela Polícia Federal e Ministério Público Federal por desvio de
verbas públicas na área da Saúde. Para coibir e punir o enriquecimento ilícito,
a Delegacia da Receita Federal de Passo Fundo criou um núcleo de fiscalização
de pessoas físicas, formado por auditores especialistas nesse perfil de
contribuinte. O núcleo vai verificar se a manifestação de patrimônio dos
cidadãos é compatível com a renda declarada. Além de apurar eventual patrimônio
descoberto, o objetivo é também permitir que a justiça fiscal seja melhor
aplicada, de modo que todos paguem tributos proporcionais as suas riquezas.
Segundo o delegado responsável
pela Receita Federal, Leandro Tessaro, esse plano de fiscalização do patrimônio
e da renda será permanente. Explicou que a Receita Federal, como lida com dados
fiscais e financeiros dos contribuintes, tem obrigação legal e institucional de
prezar pelo sigilo fiscal dos seus dados. A pessoa que tem alguma
irregularidade de tributo, atraso ou não pagamento, é informado pessoalmente,
mas quando alguma infração se mostra mais grave, podendo se tornar um crime, a
Receita Federal tem obrigação, por lei, de representar no Ministério Público
Federal (MPF).
A partir disso, os dados
fiscais econômicos passam a integrar o processo penal, que vai ser conduzido
pelo MPF e a Polícia Federal. Estes órgãos também podem solicitar à Receita Federal
que faça uma auditoria e apresentação dos dados. Já em relação ao uso dos
chamados “laranjas” em fraudes para enriquecimento ilícito, disse que é um
problema que aflige não só a questão fiscal, que pode também envolver outras
infrações como o tráfico de armas, de drogas e de pessoas. Frisou que o uso de
laranjas é um artifício muito utilizado por infratores de toda espécie e acaba
se tornando um crime bem sofisticado, obrigando os órgãos do Estado a usar
recursos cada vez mais complexos para tentar fechar esse cerco.
Tessaro ressaltou que o Estado
tem a obrigação, dentro das suas limitações, de dar uma resposta à sociedade
para evitar que esse tipo de crime se alastre.
Fonte:
Rádio Uirapuru | Passo Fundo
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