quarta-feira, 30 de maio de 2018

Sindipetro projeta greve mesmo com decisão do TST

Mobilização de 72 horas não deverá causar desabastecimento, segundo sindicato

O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS) irá manter o rumo da paralisação de 72 horas da categoria programada para começar nesta quarta-feira. Ao menos por ora, a decisão está mantida mesmo após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) declarar a greve ilegal e prever multa diária em caso de descumprimento.

De acordo com o diretor de Finanças, Administração e Patrimônio, Dary Beck Filho, muitos dos funcionários do turno da noite na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) já não devem nem ir ao local. “A adesão à greve é muito forte”, afirmou ele, em entrevista à Rádio Guaíba, na noite desta terça – pouco antes da hora marcada para o início da mobilização. A situação se mantém ao menos até o grupo ser notificado. “Aí vamos avaliar com o departamento jurídico.”

Dary definiu o movimento como “uma greve de advertência” e que não acarretará problemas no abastecimento ao país. A categoria quer cruzar os braços reivindicando a redução de preços dos combustíveis, a mudança na política de preços adotada pela Petrobras e a saída do presidente da empresa, Pedro Parente. “Se continuarem nesta linha e esfolando o povo brasileiro, a gente vai ter, quem sabe, passar por uma greve por tempo indeterminado”, projetou.

O sindicalista também criticou a intenção de privatização de refinarias da Petrobras. “Na verdade, eles estão vendendo um mercado fechado. Além disso, a gente não vai ter nenhum compromisso da empresa privada de investimento no Estado. Tivemos esta situação no Estado quando a Repsol esteve na Refap S.A.”, citou. Conforme ele, a Refap, em Canoas, está na lista para ser vendida à iniciativa privada.


Correio do Povo e Rádio Guaíba

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