Caminhão é alvejado por três tiros ao passar
por local de protesto no RS
Foto: Polícia Rodoviária Federal / Divulgação / CP
Ainda durante o segundo dia de protesto dos
caminhoneiros contra a alta do óleo diesel, a Polícia Rodoviária Federal (PRF)
foi acionada no começo da noite dessa terça para atender uma ocorrência em que
um caminhão foi alvejado por pelo menos três tiros ao não parar em um local de
protesto na BR 472, em Itaqui, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.
De acordo com a PRF, o crime ocorreu às 21h15min,
quando o motorista, de 48 anos, natural de Santiago, seguia pela rodovia com
seu caminhão, emplacado em São Borja, no sentido Uruguaiana-São Borja. No km
480, no trevo de acesso a Itaqui, ao passar por uma manifestação, ele decidiu
seguir viagem quando alguns manifestantes começaram a gritar. Em seguida, o
condutor ouviu os disparos.
Assustado, o condutor saiu em disparada com o
caminhão pela rodovia em direção a São Borja, sendo então seguido por uma caminhonete,
que seria uma Saveiro, de cor branca. Três homens estariam na caçamba do
veículo. A perseguição seguiu por alguns quilômetros até que os tripulantes da
Saveiro desistiram.
Mais tarde, o motorista se deslocou até uma
unidade da PRF em São Borja e relatou o que aconteceu. Um dos disparos feitos
contra o caminhão da vítima atingiu a porta. Os outros dois foram feitos na
parte posterior da cabine. O homem saiu ileso do crime.
As conseqüências
O segundo dia de protestos dos caminhoneiros
começou a apresentar consequências mais graves, mesmo que o governo federal
tenha encaminhado um acordo com o Congresso Nacional para a
redução do preço do diesel. Em declaração feita na noite de ontem no
Palácio do Planalto, Guardia disse que o governo eliminará a Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel e, em contrapartida, os
parlamentares devem aprovar o projeto de reoneração da folha de pagamento.
Apesar disso, Em Pelotas, no Sul do Rio
Grande do Sul, quem precisou abastecer, teve uma surpresa: alguns postos já
estavam sem gasolina. Nos que ainda tinha o combustível foram registradas filas
durante todo o dia.
De acordo com a assessoria de imprensa da
Sulpetro, o município foi o único, até o momento, que registrou que já sofre
com a falta de gasolina, já que não houve o abastecimento devido a dificuldade
de locomoção dos caminhões de combustíveis de chegarem até aos municípios.
As manifestações dos caminhoneiros contra o
aumento do diesel tomaram conta do país desde essa segunda-feira. A PRF
contabilizou nessa terça-feira que 22 estados registraram
mobilizações da categoria. Os motoristas criticam o ajuste diário do
preço do combustível que, segundo eles, dificulta o planejamento do frete.
Correio do Povo
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