O ex-assessor do Partido Progressista (PP) João
Cláudio Genu, condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, no âmbito da Operação Lava Jato, se entregou à Polícia
Federal em Brasília na segunda-feira. Após o último apelo negado a Genu em
segunda instância, a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal do Paraná,
expediu mandado de prisão na sexta-feira. A defesa, no entanto, teve pedido
acolhido, posteriormente, pela magistrada, para que ele pudesse se entregar em
Brasília, até segunda-feira.
Nesta ação, o Ministério Público Federal
denunciou Genu, que foi assessor do deputado federal José Mohamad Janene (morto
em 2010) e do Partido Progressista, por participação nos crimes de corrupção em
contratos da Petrobras, "sendo beneficiário de parte da propina dirigida à
Diretoria de Abastecimento da estatal que, em parte, repassava aos agentes do
Partido Progressista".
"Em síntese, João Claudio de Carvalho Genu,
na qualidade de auxiliar do ex-Deputado Federal José Mohamad Janene e depois de
Paulo Roberto Costa, teria intermediado o recebimento de propinas e recebido
ele próprio cerca de três milhões e cento e vinte mil reais, decorrentes do
esquema de corrupção em contratos da Petrobras. Já Rafael Ângulo Lopez teria
intermediado o pagamento de propinas a João Cláudio de Carvalho Genu no
referido esquema criminoso no valor aproximado de R$ 463.000,00", resume a
juíza.
A Operação Lava Jato sustenta que Janene foi o
mentor do grande esquema de propinas e cartel instalado na Petrobras entre 2004
e 2014, a partir do domínio da Diretoria de Abastecimento com a indicação do
engenheiro Paulo Roberto Costa para o cargo.
De acordo com a denúncia, quando Janene era vivo,
Genu ficava com 5% da propina e, após a morte do então deputado, o valor passou
para 30%, que era dividido com Youssef. Entre 2007 e 2013, a força-tarefa da
Operação Lava Jato identificou repasses de R$ 4,3 milhões, 125 mil euros e US$
390 mil em propinas para Genu. Ele também foi condenado a reparar o dano
causado à Petrobras e terá que pagar R$ 3,12 milhões.
ESTADÃO
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Correio do Povo
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