Eduardo Azeredo (PSDB) foi condenado no
mensalão mineiro | Foto: Agência Brasil / CP
O ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo
(PSDB), condenado no mensalão mineiro, se entregou à polícia na tarde desta
quarta. Ele foi sentenciado a 20 anos e um mês de prisão por lavagem de
dinheiro e peculato, que é o crime para desvio de recursos públicos. O pedido
de prisão foi expedido nessa terça, após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais
negar o último recurso contra a condenação do político em segunda instância.
Ele chegou na 1ª Delegacia da Polícia Civil, no
bairro Funcionários, na região sul de Belo Horizonte, por volta de 14h45min, acompanhado
do advogado Castellar Guimarães Neto.
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Segundo as investigações, R$ 3,5 milhões foram
desviados de estatais mineiras para a campanha de reeleição de Azeredo, em
1998, quando ele era governador de Minas. Um dos operadores do desvio, segundo
o Ministério Público, é o empresário Marcos Valério, que já cumpre pena de 37
anos e um mês por participação no mensalão mineiro.
O processo que apurou o caso teve início em 2007,
no STF (Supremo Tribunal Federal) quando ele era senador. No entanto, em 2014,
ele abriu mão do mandado de deputado federal, perdeu o foro privilegiado e,
assim, o processo foi para a primeira instância. A primeira condenação só saiu
em 2015. Depois disso, a sentença foi confirmada pelo TJMG, em agosto de 2017.
Última tentativa
Nessa
terça-feira, desembargadores da 5ª Câmara Criminal negaram os embargos de
declaração propostos pela defesa com o objetivo de anular a condenação. Esse é
o último recurso possível em segunda instância. No julgamento, os magistrados
rejeitaram, ainda, uma questão de ordem apresentada de última hora pela defesa.
O documento também foi indeferido.
Em
entrevista exclusiva à RecordTV Minas logo após a decisão, o político mineiro
disse que não estava preparado para a prisão. "(Sinto) uma injustiça muito
grande. Quer dizer: não tem sentido acontecer uma coisa dessa sem prova. É uma
coisa absurda como essa. (...) Eu não matei ninguémm, não pus dinheiro no meu
bolso. (...) Não estou preparado para isso (para a prisão), porque é muito
injusto", destacou.
Ele
ainda tenta um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
R7
Correio
do Povo
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