Cristiano Ronaldo saiu machucado ainda no
primeiro tempo do jogo
Portugal derrota França na prorrogação e
conquista a Eurocopa 2016 | Foto: Francisco Leong / AFP / CP
* Com
informações da AE
Em atuação heroica, Portugal superou a lesão de seu maior astro,
Cristiano Ronaldo, segurou como pôde o ímpeto ofensivo da França
e encontrou um gol na prorrogação para vencer por 1 a 0 a seleção anfitriã
e conquistar pela primeira vez em sua história a Eurocopa, neste domingo em
Saint-Denis.
Cristiano
Ronaldo, que sofreu lesão no joelho nos primeiro minutos da partida e foi
substituído aos prantos, teve que se contentar em apoiar seus companheiros do
banco de reservas e sofreu de ansiedade e nervosismo até o último minuto
da partida.
No fim, o
astro do Real Madrid voltou a chorar, desta vez de alegria, com o gol de Éder,
que entrou no fim do tempo regulamentar e marcou o gol do título histórico de
Portugal aos 4 minutos do segundo tempo da prorrogação.
A final
Com a bola
rolando, Portugal conseguiu levar perigo logo no início, aos quatro minutos,
quando Nani recebeu lançamento por trás da zaga, matou no peito, mas chutou por
cima. No entanto, a França respondeu com uma verdadeira blitz. Aos
seis, Griezmann aproveitou sobra e bateu para fora. Em seguida, aos nove,
o artilheiro da competição teve nova chance, tentou cabeceio por cobertura e
obrigou Rui Patrício a mandar para escanteio. Na cobrança, Giroud subiu
sozinho, mas mandou nas mãos do goleiro.
Portugal se segurou e conseguiu equilibrar, mas uma jogada violenta aos sete minutos foi determinante para a partida. Payet acertou com força o joelho de Cristiano Ronaldo. O português tentou se manter em campo, mas desabou aos 16, com lágrimas nos olhos, pediu atendimento médico e voltou a campo.
No
entanto, aos 24 minutos, o atacante pediu para sair e foi levado de maca para
os vestiários, dando lugar a Quaresma. Assim, sem balançar as redes na final, o
atacante do Real Madrid finalizou a sua quarta participação em Eurocopa com
três gols e ficou empatado com o francês Michel Platini como maior
artilheiro da competição na história, com nove tentos no total.
Após
Cristiano Ronaldo sair de campo aos prantos e aplaudido por torcedores
portugueses e franceses, a partida perdeu em intensidade. Aos 33 minutos,
Sissoko fez boa jogada e bateu forte, mas Rui Patrício espalmou. Nos
minutos finais da primeira etapa, José Fonte e Pepe tentaram aparecer na
jogada aérea, mas sem sucesso.
Os
atletas voltaram do intervalo para um jogo de mais vigor físico. Sissoko,
inspirado, deu trabalho para a zaga lusitana e, aos oito minutos, Pogba
conseguiu a primeira finalização, mas bateu por cima. Aos 11, o atacante
Coman foi ao jogo no lugar de Payet e, no primeiro lance com a bola,
exigiu nova defesa de Rui Patrício.
Melhor em
campo, a França começou a rondar a área portuguesa e passou a criar boas
chances. Aos 20 minutos, Griezmann subiu sozinho na marca do pênalti, mas
cabeceou para fora. Nove minutos depois, Coman driblou dois, rolou para
Giroud, que bateu forte, mas novamente o goleiro de Portugal conseguiu
evitar que o placar fosse alterado.
Pouco
depois dos 30 minutos, os técnicos dos dois times resolveram mudar. Didier
Deschamps mandou Gignac para o lugar de Giroud, enquanto que Fernando Santos trocou
Renato Sanches para a entrada de Éder. Com as mudanças, as duas equipes se
abriram. Aos 34, Quaresma acertou um bonito voleio, mas mandou em cima do
goleiro. Em seguida, Nani bateu de fora da área por cima do gol. Já aos 38,
Sissoko soltou uma bomba e, para variar, Rui Patrício apareceu para fazer
a defesa.
Aos 46
minutos parecia que o goleiro de Portugal seria, enfim, vencido. Gignac recebeu
na área pelo lado direito, aplicou um drible desconcertante deixando Pepe no
chão e bateu na saída do goleiro, que não alcançou. Mas Rui Patrício
contou com a ajuda da trave direita, onde a bola foi bater antes de cruzar
a pequena área sem que um atacante pudesse empurrá-la para o gol. Após 90
minutos, o placar seguia inalterado.
Prorrogação
Antes do
apito para os 30 minutos complementares, Cristiano Ronaldo apareceu no gramado
para apoiar os seus companheiros. Com o início da prorrogação,
muito nervosismo resultou em três cartões amarelos seguidos - para Raphaël
Guerreiro, Matuidi e William Carvalho.
A
oportunidade de gol mais evidente do primeiro tempo aconteceu aos 13 minutos. O
português Quaresma cobrou escanteio na cabeça de Éder, que cabeceou no chão com
perigo, mas Lloris saltou bem e fez a defesa.
Na
segunda etapa, Portugal resolveu ir para o ataque e conseguiu levar perigo aos
dois minutos. Em uma falta mal marcada pela arbitragem, que penalizou a França
em um lance que o português Éder tocou a bola com a mão, Raphaël Guerreiro
chutou no travessão e assustou.
Em
seguida, entretanto, foi a hora do grito português explodir em Saint-Denis.
Éder avançou pela intermediária pelo lado esquerdo, cortou para o meio e, no
mano a mano com o zagueiro, chutou forte no cantinho esquerdo de Lloris
para balançar as redes. Na comemoração, todos os jogadores se abraçaram em
volta de Cristiano Ronaldo, em festa pelo título inédito.
AFP
Correio
do Povo
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