quarta-feira, 13 de julho de 2016

Desaparecimento de adolescente grávida completa 5 anos em Três Passos


Desaparecimento de adolescente grávida completa 5 anos em Três Passos
   Adolescente desapareceu em 2011 e não deu mais notícias. Foto: Arquivo Pessoal

O desaparecimento de uma adolescente grávida completa cinco anos nesta quarta-feira, 13, e ainda é um mistério em Três Passos. No ano passado, o inquérito foi encerrado sem nenhum indiciamento e o sumiço corre o risco de entrar para a galeria dos casos sem solução da polícia.

O "já volto" de Cíntia Luana Ribeiro de Moraes ainda persiste na memória da dona-de-casa Ivone de Moraes, de 59 anos. Foi a última vez que ouviu a voz da filha, que saiu de casa em Três Passos, há exatos cinco anos, por volta das 18h55, afirmando que se encontraria com o suposto pai da criança que esperava.

Grávida de sete meses e meio, Luana planejava chamar a filha de Emily Vitória. Mas sua família nunca a conheceu. Desde o dia 13 de julho de 2011, a adolescente não deu mais notícias. A família, que hoje reside na cidade de Campo Novo, ainda vive o drama de não saber se a jovem está viva ou morta.

“Amanhã faz 5 anos que minha irmã desapareceu, não consigo imaginar a dor da minha mãe, pois não existe nome para quando os pais perdem seus filhos e pior do que perder um filho é ter um filho desaparecido, pois é um enterro a cada dia. Venho aqui expressar minha dor de irmã porque além de perder minha irmã de uma certa forma perdi parte da minha mãe”, desabafou Loreni Moraes, irmã de Luana, em sua página no Facebook.

No último ano, a família de Cíntia Luana Ribeiro Moraes, sem saber o destino da jovem, decidiu contratar uma investigação particular. Os investigadores contratados foram os mesmos que apontaram supostas falhas no inquérito policial sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, morta em fevereiro de 2010.

Sobre a investigação do Caso Luana, a empresa de investigações e perícias adiantou ao Três Passos News que foi verificado se constava o nascimento do bebê de Luana em outro país. Como não apareceu nenhum registro, a investigação se voltou para o Brasil e seria conduzida como homicídio premeditado e ocultação de cadáver.

Os investigadores apontaram três fatos que podem caracterizar participação de um suspeito no sumiço da menor. Seriam eles: a negativa da menor em realizar um aborto a pedido do suspeito, o contato telefônico do suspeito no dia do desaparecimento feito de um orelhão para não deixar vestígios de contato, e a tentativa de confundir a família se passando por Luana e enviando mensagens para evitar a localização da adolescente.

Na época do desaparecimento, a Polícia Civil de Três Passos instaurou inquérito policial que chegou a 600 páginas e ouviu 62 pessoas, mas o caso ainda segue sem solução.


Fonte: Três Passos News

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