Adolescente desapareceu em 2011 e não deu mais
notícias. Foto: Arquivo Pessoal
O
desaparecimento de uma adolescente grávida completa cinco anos nesta
quarta-feira, 13, e ainda é um mistério em Três Passos. No ano passado, o inquérito foi
encerrado sem nenhum indiciamento e o sumiço corre o risco de entrar para a
galeria dos casos sem solução da polícia.
O
"já volto" de Cíntia Luana Ribeiro de Moraes ainda persiste na
memória da dona-de-casa Ivone de Moraes, de 59 anos. Foi a última vez que ouviu
a voz da filha, que saiu de casa em Três Passos, há exatos cinco anos, por
volta das 18h55, afirmando que se encontraria com o suposto pai da criança que
esperava.
Grávida
de sete meses e meio, Luana planejava chamar a filha de Emily Vitória. Mas sua
família nunca a conheceu. Desde o dia 13 de julho de 2011, a adolescente não
deu mais notícias. A família, que hoje reside na cidade de Campo Novo, ainda
vive o drama de não saber se a jovem está viva ou morta.
“Amanhã
faz 5 anos que minha irmã desapareceu, não consigo imaginar a dor da minha mãe,
pois não existe nome para quando os pais perdem seus filhos e pior do que
perder um filho é ter um filho desaparecido, pois é um enterro a cada dia.
Venho aqui expressar minha dor de irmã porque além de perder minha irmã de uma
certa forma perdi parte da minha mãe”, desabafou Loreni Moraes, irmã de Luana, em
sua página no Facebook.
No
último ano, a família de Cíntia Luana Ribeiro Moraes, sem saber o destino da
jovem, decidiu contratar uma investigação particular. Os investigadores
contratados foram os mesmos que apontaram supostas falhas no inquérito policial
sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, morta em fevereiro
de 2010.
Sobre a
investigação do Caso Luana, a empresa de investigações e perícias adiantou ao
Três Passos News que foi verificado se constava o nascimento do bebê de Luana
em outro país. Como não apareceu nenhum registro, a investigação se voltou para
o Brasil e seria conduzida como homicídio premeditado e ocultação de cadáver.
Os
investigadores apontaram três fatos que podem caracterizar participação de um
suspeito no sumiço da menor. Seriam eles: a negativa da menor em realizar um
aborto a pedido do suspeito, o contato telefônico do suspeito no dia do
desaparecimento feito de um orelhão para não deixar vestígios de contato, e a
tentativa de confundir a família se passando por Luana e enviando mensagens
para evitar a localização da adolescente.
Na
época do desaparecimento, a Polícia Civil de Três Passos instaurou inquérito
policial que chegou a 600 páginas e ouviu 62 pessoas, mas o caso ainda segue
sem solução.
Fonte: Três Passos News
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