Dez pacientes receberão a fosfoetanolamina
sintética
Testes com a pílula do câncer começam hoje em
São Paulo | Foto: Cecília Bastos / USP / Divulgação / CP
Os testes
clínicos com a fosfoetanolamina sintética para tratamento do câncer começam
nesta segunda-feira na capital paulista. Nesta primeira fase, dez
pacientes receberão a medicação, conhecida como pílula do câncer, e serão
monitorados por uma equipe multiprofissional do Instituto do Câncer do Estado
de São Paulo (Icesp).
Posteriormente,
serão testados mais 21 pacientes para dez tipos de tumores: cabeça e pescoço,
pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas,
estômago e fígado. Se os resultados se mostrarem positivos, serão
incluídos novos pacientes, até o limite máximo de mil pessoas.
Os testes
foram aprovados na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, do Ministério da
Saúde. A Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório oficial da
secretaria de Saúde do estado, forneceu as cápsulas da substância para
realização da pesquisa. Segundo a Secretaria de Saúde, o pesquisador
aposentado da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos Gilberto Chierice
vai acompanhar todo o processo.
A
fosfoetanolamina sintética foi estudada por Chierice, enquanto ele ainda estava
ligado ao Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da universidade.
Algumas pessoas tiveram acesso às cápsulas contendo a substância,
produzidas pelo professor, que usaram como medicamento contra o câncer.
Em 2014,
a USP proibiu a produção de qualquer tipo de substância que não tivesse
registro, caso das fosfoetanolamina sintética. Pacientes que faziam uso do
medicamento e disseram notar melhora no quadro de saúde recorrem à Justiça
e ganharam o direito de acesso à droga.
Agência Brasil
Correio do Povo
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