Ministério do Trabalho criticou a situação dos
trabalhadores que realizam reparos na Vila Olímpica
Vila Olímpica já hospeda quase 3 mil atletas
para jogos do Rio 2016 | Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP / CP Memória
O
Ministério do Trabalho classifica como um "barril de pólvora" a
situação dos trabalhadores que realizam os últimos reparos na Vila Olímpica,
onde já estão hospedados quase 3 mil atletas que vão disputar os Jogos
Olímpicos do Rio.
Nesta
quarta-feira, o Comitê Rio 2016 foi autuado, em valor que pode chegar a mais de
R$ 300 mil, pela contratação irregular da chamada "força-tarefa"
montada para resolver os problemas apontados publicamente pelos australianos no
domingo. Outra autuação será por embaraço à ação fiscal.
Depois de
passar cerca de uma hora dentro do local, quatro auditores do Ministério de
Trabalho contaram que o Comitê Rio 2016 não ofereceu a eles acesso à lista com
os empregados que trabalham na força-tarefa desde a última segunda-feira.
Inicialmente, no domingo, o Rio-2016 informou que contrataria 500 pessoas.
Depois, afirmou que seriam 600.
"A
fiscalização (do Ministério do Trabalho) foi ao escritório do Comitê (Rio-2016)
em busca dos documentos, mas o comitê está sonegando esses documentos para fiscalização.
A gente já tentou de todas as formas. A gente quer ter acesso a lista dos
credenciados e o comitê não apresenta", contou Hércules Terra, que
comandou a ação do Ministério do Trabalho.
A
autuação será por funcionário contratado de forma irregular. O Ministério do
Trabalho tem a informação de que seriam 630 trabalhadores e, por cada um deles,
o Rio-2016 teria que pagar uma multa de cerca de R$ 500.
A
ausência da carteira de trabalho assinada, entretanto, não é o único problema.
Os fiscais também receberam relatos dos trabalhadores, contando que eles têm
feitos turnos de até 23 horas. Os funcionários do Ministério queriam saber que
horas cada funcionário começou o expediente, mas o comitê teria omitido os
documentos.
ESTADÃO conteúdo
Correio
do Povo
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