quinta-feira, 28 de julho de 2016

Cômite Rio 2016 é autuado em mais de R$ 300 mil por contratações irregulares

Ministério do Trabalho criticou a situação dos trabalhadores que realizam reparos na Vila Olímpica

Vila Olímpica já hospeda quase 3 mil atletas para jogos do Rio 2016 | Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP / CP Memória
   Vila Olímpica já hospeda quase 3 mil atletas para jogos do Rio 2016 | Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP / CP Memória

O Ministério do Trabalho classifica como um "barril de pólvora" a situação dos trabalhadores que realizam os últimos reparos na Vila Olímpica, onde já estão hospedados quase 3 mil atletas que vão disputar os Jogos Olímpicos do Rio.

Nesta quarta-feira, o Comitê Rio 2016 foi autuado, em valor que pode chegar a mais de R$ 300 mil, pela contratação irregular da chamada "força-tarefa" montada para resolver os problemas apontados publicamente pelos australianos no domingo. Outra autuação será por embaraço à ação fiscal.

Depois de passar cerca de uma hora dentro do local, quatro auditores do Ministério de Trabalho contaram que o Comitê Rio 2016 não ofereceu a eles acesso à lista com os empregados que trabalham na força-tarefa desde a última segunda-feira. Inicialmente, no domingo, o Rio-2016 informou que contrataria 500 pessoas. Depois, afirmou que seriam 600.

"A fiscalização (do Ministério do Trabalho) foi ao escritório do Comitê (Rio-2016) em busca dos documentos, mas o comitê está sonegando esses documentos para fiscalização. A gente já tentou de todas as formas. A gente quer ter acesso a lista dos credenciados e o comitê não apresenta", contou Hércules Terra, que comandou a ação do Ministério do Trabalho.

A autuação será por funcionário contratado de forma irregular. O Ministério do Trabalho tem a informação de que seriam 630 trabalhadores e, por cada um deles, o Rio-2016 teria que pagar uma multa de cerca de R$ 500.

A ausência da carteira de trabalho assinada, entretanto, não é o único problema. Os fiscais também receberam relatos dos trabalhadores, contando que eles têm feitos turnos de até 23 horas. Os funcionários do Ministério queriam saber que horas cada funcionário começou o expediente, mas o comitê teria omitido os documentos.


ESTADÃO conteúdo
Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário