Segundo Raul Jungmann, procedimentos de
proteção serão revisados
Segundo ministro da Defesa, procedimentos de
proteção serão serão revisados | Foto: Tomaz Silva / ABr / CP
O
ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira que cresce a
preocupação do governo brasileiro com a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio de
Janeiro após o
ataque ocorrido nessa quinta-feira na cidade de Nice, na
França. "Evidentemente que existem fatos que preocupam. Não tenha
dúvida, cresce a nossa preocupação com a segurança", disse.
Em
entrevista à Rádio Nacional de Brasília, Jungmann informou que todos os
procedimentos de segurança relacionados à competição serão revisados.
"Vamos intensificar aquilo que já vinha sendo feito - ampliar os
esquemas de controle de barreira, de check point, de uso de detectores de
metais", detalhou o ministro.
"Trabalhamos
com quase uma centena de serviços de inteligência no mundo, a exemplo de
Israel, Estados Unidos, Inglaterra, Russa e França. Não tivemos, até agora,
nenhuma informação de ameaça concreta ou potencial de terrorismo durante
as Olimpíadas aqui no Brasil", acrescentou. Segundo ele,
delegações como a dos Estados Unidos e a da própria França foram classificadas
como de alto risco pelo governo brasileiro.
Isso
significa, por exemplo, que o alojamento dos atletas será instalado em
locais de menor circulação e de maior controle, como a Escola Naval.
"Obviamente, há segurança reforçada, redobrada e compatível com o nível de
risco que a gente atribui."
Ainda de
acordo com o ministro, 22.850 homens das Forças Armadas vão trabalhar durante
os jogos no Rio de Janeiro. O número inicial, 18 mil homens, foi alterado após
pedido de reforço por parte do governo do estado. Se somadas as demais
praças que vão receber competições - Manaus, Brasília, Belo Horizonte e
Salvador -, cerca de 40 mil homens da pasta participam da segurança de todo o
evento.
"No
Brasil, teremos a primeira Olimpíada com um centro internacional de
inteligência e informação. Esse centro vai reunir representantes de
inteligência, serviço secreto e informações de 106 países que vão atuar
conosco. Além disso, criamos um centro integrado de contraterrorismo, que
vai funcionar durante todo o período de Olimpíada e Paraolimpíada e que terá
subcentros em todos os locais onde estiverem ocorrendo jogos."
Questionado
se é possível assegurar tranquilidade em meio aos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos no Brasil este ano, Jungmann respondeu que 100% dos encargos e
compromissos encaminhados aos país pelo Comitê Olímpico Internacional
(COI) foram cumpridos. "Sem atraso e sem falhas", disse. "A
gente pode dizer que tudo o que nos foi cobrado está sendo devidamente
cumprido", completou.
"Num
dia normal, o Rio de Janeiro tem 7 mil ou 8 mil homens fazendo a segurança da
cidade. Durante os Jogos Olímpicos, com a soma de homens do Exército, da Força
Nacional, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Federal e da
Polícia Rodoviária Federal, vamos ter 47 mil homens, ou seja, sete vezes
mais segurança do que se tem em dias normais no Rio de Janeiro",
acrescentou.
Agência Brasil
Correio do Povo
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