segunda-feira, 14 de março de 2011

Polícia está em alerta para ataques a bancos do Interior

     A área da segurança pública do Estado está em alerta máximo diante da possibilidade de um terceiro ataque ainda este mês contra agências bancárias do Interior. Há exatos 30 dias, a agência do Banco do Brasil em Nova Roma do Sul, na Serra, foi atacada com explosivos. O grupo criminoso responsável pela ação é suspeito de ser o mesmo que atacou outra agência do BB em Praia Grande (SC) na divisa com o Rio Grande do Sul, em 27 de janeiro deste ano. A BM mantém o policiamento ostensivo, abordando veículos e pessoas suspeitas, sobretudo nas pequenas cidades. Já a Polícia Civil aprofunda as investigações para identificar os integrantes desta nova quadrilha de explosivos.
     Responsável pela Delegacia de Polícia de Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o delegado Juliano Ferreira obteve pistas que possam levar à identificação da quadrilha. “O Vectra usado no ataque em Nova Roma do Sul foi roubado quatro dias antes em Farroupilha”, revelou. Ele acrescentou que o mesmo veículo foi visto rondando Nova Roma na noite de sábado, véspera do ataque. 
     Juliano Ferreira descobriu também que os cerca de 100 kg de explosivos encontrados abandonados em novembro do ano passado nas margens da RSC 470, em Garibaldi, foram furtados antes de uma pedreira justamente em Nova Roma do Sul. Ele tem convicção da participação de criminosos da Serra. “Os assaltantes de Nova Roma tinham sotaque característico da nossa região serrana”, explicou, destacando que os mesmos se chamavam de “parceiros” entre si, conforme depoimento de testemunhas. No entanto, Ferreira não descarta parcerias com bandidos de outros Estados.
     Diante do alerta, a próxima ação da quadrilha pode ser até em Santa Catarina. Ele recomenda que qualquer presença de veículos estranhos nas pequenas cidades devam ser comunicadas às autoridades. No ataque ao BB de Nova Roma do Sul, em 13 de fevereiro, os criminosos fortemente armados, com coletes à prova de balas e toucas ninjas, não tiveram êxito em abrir o cofre da agência bancária com explosivos, que causaram a destruição dentro do prédio e em um mercado ao lado. Durante o ataque, um grupo de jovens na rua foi mantido refém e um policial militar foi recebido a tiros de fuzil. Um balseiro do rio das Antas também foi imobilizado para assegurar a passagem dos três veículos usados pela quadrilha.
Fonte: Correio do Povo 

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