Cerca de 250 sem-terra que estavam acampados no Parque de Exposições de Palmeira das Missões (RS) deixaram hoje o local e iniciaram uma marcha para Carazinho, a cem quilômetros de distância.
O grupo é o mesmo que invadiu a Fazenda Palermo e permaneceu dois dias dentro da propriedade rural, em São Borja , há duas semanas. Os manifestantes tentam pressionar o governo federal a apresentar um cronograma para o assentamento das mil famílias acampadas em diversas regiões do Rio Grande do Sul.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reclama o cumprimento de um acordo firmado em 2007 com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) prevendo o assentamento de todas as famílias então acampadas no prazo de um ano. O Incra considera que já fez o que estava naquele tratado porque, desde então, já assentou ou regularizou lotes para 2,2 mil famílias no Estado.
O superintendente regional Roberto Ramos diz que a definição das novas metas estaduais de assentamentos depende da disponibilização de recursos pelo Incra nacional, que trocou de direção há poucos dias, e de acordos com o governo estadual, que vai participar do esforço para acelerar a reforma agrária.
No primeiro dia da marcha, os sem-terra se deslocaram por 22 quilômetros , sendo seis a pé e 16 embarcados em ônibus. O grupo passaria a noite num pavilhão comunitário em Novo Barreiro. A próxima etapa, de nove quilômetros, até Barra Funda, está prevista para amanhã. O deslocamento será feito a pé, se não estiver chovendo na região.
Fonte: ELDER OGLIARI - Agência Estado
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