Durante a manhã foram realizadas várias
homenagens ao soldado Fabiano Heck Lunkes
O cerco à quadrilha de assaltantes de banco entre
Campina das Missões e Porto Lucena prosseguiu na manhã desta sexta-feira ao
mesmo tempo em que ocorriam homenagens ao soldado
Fabiano Heck Lunkes, 34 anos, do 7ºRPMon, morto em confronto com os bandidos, em
todo o Rio Grande do Sul. Continência, minuto de silêncio, oração e acionamento
das sirenes das viaturas foram marcadas por emoção e tristeza por todos
integrantes das forças de segurança pública.
Na entrada de Bento Gonçalves, na Pipa Pórtico,
cartão-postal da cidade, o trânsito foi bloqueado. Além da Brigada Militar, os
efetivos do Comando Rodoviário da BM, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de
Bombeiros Militar, Polícia Civil, Superintendência dos Serviços Penitenciários,
Departamento Municipal de Trânsito e Samu participaram do ato. Na entrada de
Serafina Corrêa, no pórtico de entrada, os brigadianos abraçaram-se de cabeça
baixa e emocionados. Nenhuma unidade da BM deixou de prestar homenagem. Até o
Exército somou-se às manifestações. Na formatura do 16ºGAC AP, sediado em São
Leopoldo, o protocolo de passagem de Comando da Artilharia foi quebrado para
que o clarim tocasse silêncio. A determinação foi do Comandante Militar do Sul,
General de Exército Geraldo Antônio Miotto, que lembrou nas redes sociais que o
brigadiano foi “morto em combate na defesa da sociedade”.
Com honras militares, o soldado Fabiano Heck
Lunkes foi sepultado nesta manhã após missa de corpo presente na Igreja Matriz
de Cerro Largo, reunindo familiares, amigos, colegas de farda e da área da
segurança pública, além de autoridades. O vice-governador e secretário da
Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, esteve no velório, acompanhado dos
comandantes das unidades da BM. O cortejo até o cemitério municipal foi puxado
pelo caminhão dos bombeiros pelas ruas da cidade. Os municípios de Cerro Largo,
Porto Lucena e Campina das Missões decretaram luto oficial. Fabiano Heck Lunkes
deixou esposa e um filho de quatro anos de idade.
A caçada aos assaltantes refugiados nos matagais
não tem prazo de encerramento. Em Porto Alegre, o comandante do Batalhão de
Operações Policiais Especiais (Bope), tenente-coronel Douglas Soares, confirmou
que a tropa permanece na área. Na quinta-feira foram recolhidos um fuzil, uma
pistola e parte do dinheiro roubado da agência do Banco do Brasil no início da
tarde de quarta-feira em Porto Xavier. “Agora encontramos os rastros deles,
como pegadas e galhos quebrados na mata”, revelou o oficial. As buscas mobilizam
também os efetivos dos batalhões de toda a região.
Por Correio do Povo
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