Weintraub relatou que instituições tinham ações
inapropriadas e mau desempenho acadêmico
Depois de gerar polêmica e representação na
Procuradoria-Geral da República (PGR), o corte de verbas do Ministério da Educação
(MEC) por motivo de “balbúrdia” em três universidades públicas federais no
país: Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Fluminense (UFF) e
Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi estendido. A pasta da Educação
anunciou, nesta terça-feira, que o corte será para todas as Instituições
Federais de Ensino Superior (Ifes) do país.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o
ministro Abraham Weintraub disse que UnB, UFF e UFBA tiveram repasses reduzidos
porque teriam permitido eventos políticos, manifestações partidárias ou festas
inadequadas em suas instalações. “A universidade deve estar com sobra de
dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo.” O ministro deu exemplos do que
considera bagunça: “Sem-terra e gente pelada dentro do campus”.
O PSOL informou que entraria com ação na PGR
contra o ministro por improbidade administrativa. Em nota, o partido lembra
que, em decreto, no dia 29/4, o MEC deixou de repassar 30% de verbas para as
referidas universidades, em represália. A nota segue, apontando que o argumento
do ministro – de “desempenho acadêmico aquém do esperado” – não se sustenta,
pois essas universidades estão entre as mais bem avaliadas no país (quadro).
Além disso, cita que o ato ministerial fere
autonomia universitária, afeta percentuais obrigatórios de financiamento da
educação, além de ser descaso com normas de finanças públicas e
responsabilidade fiscal.
Por Correio do Povo
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