Polícia acredita que dupla usa joias roubadas
para se manter em fuga
A Polícia Civil anunciou na manhã desta
segunda-feira a identificação da dupla de
criminosos suspeita de assassinar pai e filho durante assalto na Elaine Óptica
e Relojoaria, em Estância Velha, no último dia 10. Os homens, identificados como Rafael
Santos Domingues, 19 anos, e Davi dos Santos Mello, 20 anos, estão
foragidos e já tiveram as prisões preventivas decretadas. A investigação é
conduzida por uma força-tarefa de quatro delegados e 15 agentes. Titular da DP
de Estância Velha, o delegado Márcio Niederauer explicou que a dupla cortou o
cabelo e fez a barba, inclusive com pigmentação, em uma barbearia da vila Brás,
em São Leopoldo, três dias antes do roubo. Ele não descartou que os indivíduos
estejam usando as joias levadas do estabelecimento comercial para conseguirem
se manter em fuga.
Niederauer observou ainda que um deles escondeu
uma tatuagem na mão mediante maquiagem, conforme análise da imagem do assalto
registrada por uma câmera de monitoramento da loja. “Ela tinha uma coloração
diferente da outra. Tinha a mão esquerda tatuada e tentou esconder com produto
cosmético”, explicou. O delegado acrescentou ainda que não foi comprovado até o
momento que os homens estavam disfarçados com narizes falsos, mas os óculos
usados e cabelos aparados tiveram o objetivo de esconder os verdadeiros rostos.
O estratagema dos ladrões, porém, não teve êxito.
Eles foram reconhecidos até por familiares. Armados com revólveres calibres 38,
ambos atiraram e mataram as vítimas, Leomar Jacó Canova, 59 anos, e Luis
Fernando Canova, 35 anos.
Na semana passada foram cumpridos quatro mandados
judiciais na vila Brás, em São Leopoldo, e bairro Santo Afonso, em Novo
Hamburgo, onde os suspeitos poderiam estar escondidos. Os policiais apuraram
que os dois fugiram no dia seguinte ao crime devido à repercussão. Eles foram
identificados dois dias depois do latrocínio.
O trabalho investigativo reuniu provas
consideradas “robustas” contra a dupla. Além das imagens da câmera de
monitoramento, os policiais civis obtiveram depoimentos de testemunhas e de
familiares, além de reconhecimentos fotográficos. A participação de uma terceira
pessoa não está comprovada até o momento, entretanto, a investigação tenta
ainda elucidar a dúvida. O envolvimento com o caso de um Ford Focus, com placas
clonadas e roubado, encontrado no km 247 da BR 116, em São Leopoldo, permanece
uma incógnita.
Dentro do veículo foi encontrado um celular que
está sendo periciado. A quebra judicial do sigilo telefônico já foi deferida.
Por sua vez, o Honda City localizado na rua Ceará, perto da BR 116, em Novo
Hamburgo, foi efetivamente usado na fuga após o assalto. Nele havia roupas e
dois pares de óculos. “Esse veículo foi roubado em Porto Alegre e estava com
placas clonadas”, assinalou o delegado Márcio Niederauer.
Por Correio do Povo
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