Apoiadores de Bolsonaro saíram nas ruas em
Brasília para fazer campanha | Foto: Evaristo Sa / AFP / CP
Na
entrada do condomínio número 3.100 da avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca,
uma dezena de apoiadores do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair
Bolsonaro, não arredam o pé, mesmo com a chuva fina e contínua que cai sobre o
Rio de Janeiro. Ali o candidato descansa em casa às vésperas do
primeiro turno das eleições que ocorre neste domingo.
Além dos
apoiadores, vez ou outra eleitores de passagem param para fazer um registro em
vídeo ou foto na frente do condomínio onde mora o candidato. Alguns deles
vestem camisas com a foto do candidato e a palavra "mito".
Eventualmente, buzinas vindas de veículos que transitam na via também soam como
sinal de apoio. Nas janelas de apartamentos nas redondezas, há bandeiras
do Brasil e faixas em apoio a Bolsonaro.
Reações
Na orla
da praia, em meio a edifícios de luxo, Bolsonaro tem ao seu redor uma rede de
apoiadores. Na Avenida Lúcio Costa, na entrada do condomínio em que há um carro
de polícia, um vendedor de camisas e bandeiras do Brasil, o mineiro André Luiz
dos Santos, anuncia greve de fome em protesto pela atual situação do país.
"Estou
aqui pelo Brasil", disse André Santos com uma marmita na mão ao lado
do banner no qual estão fotografias de Bolsonaro e do juiz Sérgio Moro.
"Precisamos mudar a situação para não virarmos uma Venezuela, uma
ditadura, que é o que nós não queremos. O brasileiro precisa saber votar. Vim
da cidade de Ponte Nova, em Minas Gerais, e fiz uma greve de fome de três dias
e meio. Encerrei agora."
Roberto
da Silva Pereira, militar da reserva da FAB, está em frente ao condomínio de
Bolsonaro para entregar ao candidato um quadro que pintou em sua homenagem. Não
conseguiu ser recebido, mas se disse satisfeito pela oportunidade de fazer
chegar às mãos dele a obra que levou três dias para fazer. Recolhido Bolsonaro
tem ficado recolhido em sua residência desde que chegou ao Rio de Janeiro,
no último sábado, após receber alta do Hospital Albert Einstein, São
Paulo.
Na
capital paulista, ele se recuperava de duas cirurgias que fez depois de ser
atingindo por uma facada, em Juiz de Fora, Minas Gerais, há exatamente um mês.
A orientação médica, segundo sua campanha, é para o candidato se manter em
repouso e evitar falar por muito tempo, razão pela qual ele declinou o convite
para o último debate televisivo com os candidatos feito pela TV Globo, há dois
dias. Na mesma data, porém, ele recebeu a equipe da TV Record para uma
entrevista em sua casa, veiculada simultaneamente ao debate.
O
candidato tem feito campanha pelas redes sociais. Hoje, ele publicou um post em
que defendeu a punição mais firme contra criminosos e aqueles que desafiam
as leis. A ausência de Bolsonaro nos debates aparentemente não causou impactos
à sua imagem.
Ele
chega às eleições na dianteira das pesquisas de intenção de votos tendo
participado de apenas dois debates televisivos e sem atividades de campanha na
rua desde que sofreu o ataque em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro.
Agência Brasil
Correio do Povo
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