Defesa de Temer pede ao STF anulação de
indiciamento promovido pela PF
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
/ CP
A defesa
do presidente Michel Temer pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Luís Roberto Barroso a anulação do indiciamento
promovido nessa terça-feira pela Polícia Federal (PF) no
inquérito que apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A na edição
do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado em maio do ano
passado pelo presidente.
Em
manifestação enviada a Barroso, que é o relator do caso no STF, os advogados do
presidente alegam que, devido ao foro por prerrogativa de função garantido ao
presidente da República, a PF não tem competência para indiciar Temer.
Para os
advogados, o indiciamento é ilegal e provoca repercussão na honorabilidade de
Temer e “reflexos na estabilidade da nação". "Chamou a atenção da
defesa, a decisão da autoridade policial de proceder diretamente o indiciamento
do requerente, sem qualquer autorização de Vossa Excelência (Barroso), ou mesmo
pedido neste sentido por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR),
usurpando a competência exclusiva desta Suprema Corte", argumentou a
defesa.
Na mesma
petição, o advogado afirmou que Temer não praticou os fatos que lhe foram
atribuídos no relatório final da investigação, enviado ontem pela PF ao
ministro Barroso.
“A
referida peça conta com mais de 800 laudas, de forma que a defesa não teve
tempo de analisar o seu inteiro teor. Ainda assim, reafirma neste momento que o
senhor presidente da República não praticou qualquer dos delitos que lhe foram
atribuídos e que, seguramente, não há elementos suficientes para justificar a
conclusão lá exposta.", concluíram os advogados.
Além de
Temer, mais dez pessoas foram indiciadas no inquérito. Os crimes citados são de
corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização
criminosa.
Após
receber o documento, Barroso pediu parecer da Procuradoria-Geral da República
(PGR), que terá 15 dias para se manifestar sobre eventual denúncia contra os
acusados e os pedidos de bloqueio de bens e de prisão de quatro dos 11
indiciados.
Agência
Brasil
Correio
do Povo
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