Presidente da sigla no Estado, Alceu Moreira
(centro), afirmou que há irregularidades nos métodos usados pelo instituto |
Foto: Carlos Machado / Rádio Guaíba / Especial / CP
O
diretório do MDB no Rio Grande do Sul, partido representado pelo candidato à
reeleição ao governo do Estado, José Ivo Sartori, pediu nesta sexta-feira a
suspensão da próxima pesquisa Ibope que mede as intenções de voto na corrida
para o Piratini. O presidente da sigla em solo gaúcho, Alceu Moreira, afirmou
em entrevista coletiva que há irregularidades nos métodos e pediu
esclarecimentos do instituto.
"Temos
um ambiente alegre e confiante com a uniformidade dos dados para chegar aos
números da pesquisa. Baseados nisso, pedimos os dados para que pudéssemos fazer
a análise. As informações vieram de maneira parcial, não totais. E dos dados
que vieram para nós, tem algumas coisas que mostram profunda incoerência e
descumprimento do preceito legal para as pesquisas", disse.
Moreira
relatou que a primeira pesquisa reuniu informações colhidas em 63 cidades.
"Em 34 delas, o candidato adversário (Eduardo Leite, PSDB) tem larga
vantagem sobre José Ivo Sartori. Nas restantes, 29, o Sartori ganhou com
pequena margem. Na segunda pesquisa, aplicada em 70 municípios, em 43 cidades
do Eduardo Leite ganhou com margem ampla, enquanto o Sartori em apenas 25
ganhou com margem estreita", descreveu.
O
presidente do partido ainda cita que, na legislação eleitoral, as cidades pesquisadas
precisam ser sorteadas. "Por incrível que pareça, há uma coincidência nas
duas pesquisas, em que 35 cidades são idênticas, ainda que o Rio Grande do Sul
tenha 497 municípios. As mesmas estão nas duas pesquisas", declarou.
Alceu
Moreira ainda comentou que haveria discrepâncias em informações relacionadas às
faixas etárias. "Na faixa de 45 a 59 anos, nos dados analisados pela nossa
equipe técnica, há fatores que podem perfeitamente modificar o resultado final
da pesquisa. São as faixas etárias que temos que levar em consideração. Baseado
nisso, entramos na Justiça para pedir esclarecimento desses fatos. Tal como
está, e baseado em situações anteriores, em que a pesquisa erra de maneira
absolutamente gigantesca, é que estamos pedindo um esclarecimento. Há de parte
do instituto que publicou esta pesquisa incoerências e descumprimento do texto
legal para apuração dos dados. Se são fontes que podem produzir dados
distorcidos, o resultado será distorcido, com grande impacto na opinião
pública", ressaltou.
A
reportagem entrou em contato com o Ibope por email e por telefone, mas até o
término da matéria não houve retorno.
Correio do Povo e Rádio Guaíba
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