Arquivamento do inquérito contra Aécio havia
sido pedido pela PGR
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP
O
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o
arquivamento de um inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), no qual é
investigado por supostamente ter atuado para fraudar registros do Banco Rural
remetidos à Comissão Parlamentar Mista de Inqúerito (CPMI) dos Correios, em
2005. O arquivamento havia sido pedido pela Procuradoria-Geral da República em
setembro.
O
inquérito tinha como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral,
que presidiu a CMPI e relatou ter sido procurado por Eduardo Paes, então
deputado pelo PSDB, que lhe teria pedido, em nome de Aécio, o adiamento do
prazo dado ao Banco Rural para o envio dos documentos, de modo a haver tempo
para a fraude.
O
objetivo, segundo Delcídio, seria maquiar dados que pudessem revelar esquema
semelhante ao Mensalão, sendo operado pelo publicitário Marcos Valério na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em benefício do então governador Aécio
Neves e de seu vice, Clésio de Andrade.
Ao pedir
o arquivamento do inquérito, Raquel Dodge argumenta que "a autoridade policial
não recolheu provas ou elementos de convicção suficientes para corroborar as
declarações do colaborador e permitir a instauração da ação penal".
Gilmar
Mendes acatou os argumentos da PGR. Este é o segundo inquérito contra Aécio
arquivado pelo ministro este ano. O outro, arquivado em junho, dizia respeito
ao envolvimento do senador em desvios em
Furnas, umas das subsidiárias da Eletrobras.
Agência Brasil
Correio do Povo
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